No próximo dia 13 do mês que vai abrir, em Portugal e decerto no Brasil, comemora-se um século sobre o nascimento do inimitável Mestre AGOSTINHO DA SILVA. Eu e milhares de outros como eu, embrenhados em mundana cegueira, só muito tarde soubemos quem deveras tínhamos tido defronte e apenas hoje, assim que a distância temporal mais nos aproxima, bem avaliamos quanto perdemos em alcance miolar, afundados no preconceito da presumida visão da nossa então tão estouvada e estreita testa.

Reconhecendo-o, aqui estou eu devotamente, com o devido carinho, a prestar sincera homenagem ao meu inesquecível Mestre, quanto possível à guisa de seu tão peculiar estilo, quiçá, para desta feita, merecer-lhe enfim os 20 valores que de seus professores recebeu algumas vezes mas que nunca atribuíria a alguém. Afirmava então que "não se atrevia a estragar o que de facto era bonzinho".