Minha querida Alice.
Já perdi as contas de quantas vezes escrevi o seu nome, quer no papel, quwer no coração. Aliás, no coração ele ocupa espaço enorme, ajudando o órgão a bater sempre no compasso ritmado do amor, porque é amor provado no tempo que sinto por você.
Fecho os olhos e, sem qualquer esforço, lembro-me de você, com aquela faixa nos cabelos, o jeitinho meigo que, no entanto, esconde sempre uma vontade firme e determinada.Foi ver e saber que você era a única.
E nem foi preciso muita coisa para me conquistar, para que um aviso inconfundível me dissesse que era você a pessoa que iria dividir comigo todos os meus dias dali para a frente.
E nos demos as mãos e começamos a caminhar juntos, decididamente, na construção de um mundo nosso.
Como eu afirmei certa feita, logo que você chegou na minha vida, pôs as coisas todas em ordem, do seu jeito inconfundível, facilitando a nossa caminhada.
E aí vieram os filhos, depois os netos, mostrando que a semente que semeamos era de boa cepa e a nossa plantinha, que a princípio era frágil como todas as mudas, foi ganhando corpo, foi se robustecendo, até tornar-se uma árvora frondosa onde, nas horas mais difíceis, buscamos abrigo para a pacificação das nossas emoções mais desencontradas.
E hoje, 3 de fevereiro é o seu dia especial, o seu aniversário.
Antes de tudo, quero pedir desculpas por todas as minhas falhas, os meus atropelos, as minhas desatenções, os meus esquecimentos.
Sei, perfeitamente, que muitas e muitas vezes eu não estou a altura do seu sentimento, do seu desvelo, da sua dedicação, da sua atenção.
No entanto, no torvelinho das minhas faltas humanas, existe verdade inescondível: o meu imenso amor por você, minha alma gêmea, cara metade, banda da laranja, enfim, metade de mim mesmo.
Desejo a você, neste dia e nos dias que se multiplicarão no calendário, muita saúde, muita paz de espírito e, porque não, muita paciência para suportar-me.