Para aqueles que interneticamente não me conhecem o pendor, sem problema algum, desde já lhes forneço o principal item sobre o qual essencialmente me defino:
Não suporto os fanáticos do bem - e é a maioria da humanidade - que constantemente procedem mal. Por isso mesmo, sem hesitar, gosto espontaneamente muito mais de crianças e de animais do que de pessoas. As relevantes excepções que possa considerar, são muito poucas, pouquissímas. Com o decurso do tempo e do avolumar da experiência, é extremamente difícil aparecer alguém que me faça o ninho atrás da orelha ou no canto do olho. De resto, aqueles que vão tentando operar sobre tal "comida", quando entendo que vale mesmo a pena, "como-os" eu.
Espertalhões, sejam eles do calibre social que forem, sempre que entram na minha lide, se não tiverem a sensatez de me colocar em respeitável e tácito nível de relações, comigo, passam de certeza um mau dia.
Ora, sem muitas delongas, perfilho a harmonização entre o bem e o mal. Como todos constatam, o bem que conhecemos, é um sacana do caraças, um hipócrita, um desnecessário impulsor de tragédias bem piores do que aquelas que o mal estupidamente pratica.
Há milénios que os títeres do actual sistema não cessam de esgaçar e matar para preservar o bem. Só um exemplo: se por mero acaso o Bush me estendesse a mão, ou até o Lula - por uma outra faceta - creio que o brilho de meu olhar os poria por um momentâneo bocadinho às escuras. "Vá, saiam da minha frente: não me tirem o sol" - Diógenes a César.
Isto que descrevo, é muitíssimo fácil de dizer e de escrever, pois então não é? É, pois é, sim senhor... Eu esclareço-me: haja quem prove que não é assim como eu considero.
António Torre da Guia | |