Não sei, deve ser coisa vinda nos genes dos maiores, que a mim me foi transmitida, mas a verdade é que adoro o Fado, a devastadoramente romântica música portuguesa, referindo estórias de amores perdidos, desencontros, dores d alma, sofrimento, nostalgia, ciúmes, dramas do cotidiano, coisas simples que brotam do espírito de um povo que nos ensinou a sentir o travo agridoce da saudade.
Agora mesmo, pareço escutar os sons dolentes de uma guitarra portuguesa e alguém cantando dobrado, naquela inconfundível influência mourisca o fado da Mouraria: Ai Mouraria, da velha rua da Palma, onde eu um dia, deixe presa a minha alma...
Coimbra, Lisboa Antiga, Canoa, Nem às paredes confesso, Foi Deus...e por aí vai, num desfilar de belos exemplos desta música tão entranhada de lusitanice.
E se renova nos intérpretes modernos, depois que se foi Amália e que se foram tantos outros memoráveis cantores do Fado.
Dei uma paragem rápida no meu trabalhjo e aqui me encontro dedilhando o teclado, pondo na ponta dos dedos este sentimento que nutro pela canção portuguesa. Este inexplicável amor ao fado.