Aproveito o momento, logo após o almoço, antes de recomeçar a lida cotidiana, para escrever esta carta de agradecimento e de desculpás a todos que, neste site, já procuraram entrar em contato comigo e nunca receberam uma resposta. Por favor, não me queiram mal nem pensem que eu não dei importância. Muito ao contrário, cada vez que posso entrar na central do autor e tenho a oportunidade de reler o que escreveram, sinto-me desvanecido por tantas palavras carinhosas de incentivo, de elogio, de admiração. Colho alento em tais palavras, mas, desleixado, esqueço de responder, vou adiando, adiando, até que, quando me disponho, vejo o lapso dos dias que passaram e imagino logo que a resposta vai soar como moeda falsa.
Então, agora, faço um mea culpa veemente, peço vênias, desculpas, perdões, dirigindo esta cartinha a cada um de vocês, com um comovido e sincero muito obrigado, rogando que continuem a me querer bem assim à distância, pois a amizade se nutre de coisas simples, similares ao plancto dos mares profundos que vai miraculosamente alimentando a fauna marinha. O plancto que vocês todos me enviaram é que vai me ajudando a galgar a cordilheira da indiferença do mundo, os pesares e as dores que nos atacam de quando em vez, a inveja e a peçonha das almas pequenas que, infelizmente, ainda andam causando assombrações nos socavões deste imenso mundo.