Hoje, porque na vida a gente nem sempre faz aquilo que gostaria de fazer, eu estou aqui no Planalto Central enquanto meu caçula, acompanhado da orgulhosa mãe, participa, entre emocionado e feliz, da festa de término da residência médica. Compromissos profissionais prendem-me aqui, impedindo-me de estar lá, batendo palmas, vibrando também por mais esta conquista.
Quantas vezes, na vida, a gente tem que estar marcando presença no lugar errado, enquanto o coração e a alma seguem disparados noutro rumo? Quantas oportunidades únicas temos que desperdiçar, pois elas jamais voltarão, restando-nmos o consôlo de ver tudo através das fotografias?
Mas, Deus sabe muito bem o que faz. Existem os compromissos que assumimos, os quatro compromissos de que nos fala Dom Miguel Ruiz, retirados da sabedoria dos Toltecas, que a maior parte deles foi assumida por nossos maiores e nós, simplesmente, temos que aderir, gostemos ou não, porque agir de outra forma é sair dos trilhos da normalidade, é desafiar as conveniências e os costumes gerais, atitudes exóticas ou bizarras que culminarão por nos excluir dos grupos representativos da nossa comunidade.
As reflexões que me vêm à cabeça, no momento, nascem da minha impaciência e do meu descontentamento com o compromisso que me amarra e que me impede de ir até onde eu gostaria de ir.
Mas, quem me obrigou a aceitar o compromisso?
Resta-me, então, o consolo de rezar pelo meu filho, desejar o melhor para o seu destino, rogar a Deus para que ele atinja todas as metas, sem perder de vista a ética, o bom senso, a tranqüilidade, o amor, pois sem amor, tudo é ilusão, nunca chegaremos a lugar nenhum. Deus o abençoe, meu filho.