Ex.mo e Prezado
Senhor Waldomiro Guimarães
Por mais voltas que dê ao miolo, equacionando a conveniência cultural e a estratégia comercial da Usina de Letras - mais e mais leitores incentivarão naturalmente o crescendo dos aderentes - não consigo perceber qual o interesse em manter o Placard sob acesso restrito, permitindo apenas aos assinantes a sua consulta, em prejuízo destes e clamorosamente prejudicando ainda o desenvolvimento participativo na própria Usina.
Se me fosse pedido parecer opinativo sobre a existência ou não do Placard, no que ao meu interesse pessoal concerne, a minha sincera resposta está desde há muito pronta: tanto me faz que exista ou não exista. Todavia, no que ao interesse da Usina diz respeito, considero que o mesmo deveria estar acessível a quem quer que fosse. Tal como está, tão só os 150/200 assinantes, em média, poderão consultar as diversas tabelas.
Que das tabelas classificativas só façam parte os assinantes, claro, esta medida está correcta e incentiva as assinaturas, mas, de imediato, em lugar de funcionarem como incentivo, mostrando-se em geral, impedem, ao restringir o acesso consultivo, que os não assinantes sequer se entusiasmem em fazer parte delas.
Por um só exemplo entre centenas de outros, no meu caso, impede que o meu amigo Rui Maia, tal como dantes tanto gostava de constatar, verifique qual é a minha situação escrevinhante entre a enorme maioria brasileira.
Assim, apenas e só em favor da Usina me ocorre expor o pormenor à consideração do Senhor Waldomiro. Estou persuadido que se o Placard for acessível a todos, o número de assinantes aumentará progressivamente. De resto, privilégio é tão-só fazer parte dele e estar acessível a toda a espécie de consulta anónima. |