Diacho... Diachinho... Diachos todos, como hei-de eu exprimir o vocábulo "merda" no seu mais lato e profundo sentido, aquém e além dos excrementos quotidianos que queira ou não sou obrigado a fazer?
Como hei-de eu conseguir, ó hossaníssima inspiração, um expansivo palavrão libertador que integre a faculdade de supurar os pedaços de ninguém que habitam conspurcadamente o corpo humano?
Designar por "merda" certa escória social é o mesmo que indignificar o enorme esforço higiénico que cada pessoa sensata sustenta em permanência e sobretudo faz para se preservar da sua ou da excrementícia colectiva.
Apre, arre, porra, como é possível admitir o convívio com latrinas humanas que facilmente suplantam a capacidade dos esgotos de qualquer gigantesca cidade?
Como é que a trampa humana cancerígena, explicitamente e sem equívoco mais do que provada, pode reclamar qualquer espécie de direito, pague ou não pague, pague o que pagar?...
Quiçá, heureca, num só vocábulo não lograrei o impossível, mas estou decisiva e definitivamente convicto que de imediato me suicidaria se a alguém lúcido alguma vez inspirasse um texto como este. |