Talvez esteja fora de moda falar tanto de amor, de poesia, de paz, de romance, de Deus, da fé, das coisas comportadas, uma vez que o mundo anda tão estulto, tão apressado, tão radical, tão distante dessas coisas todas.
As manchetes estão aí cuidando do inverso: filha que manda matar os pais e, depois, no julgamento, mostra uma frieza de dar arrepios; mãoes que arremessam os filhos recém-nascidos nas águas de uma represa; assaltos, crimes, guerras saguinárias, enfim, um conjunto de acontecimentos inteiramente antípoda dos temas que eu ando cultivando nesta Usina.
Ás vezes me questiono, sinto-me fora do nicho, voltado para coisas que não atraem mais.
No entanto, contaminado pelos contos da Carochinha que embalaram a minha infância:"Dos saraus da casa grande ainda me lembro: Mãe Maria que embalava os meus sonhos. Mãe Maria que era tudo que eu queria..."
E aí, inexoravelmente, volto aos tempos da meninice, ouvindo a voz afinada do meu tio Aderson cantando aquelas músicas tão saudosas, que ficam ainda mais tristes porque ele já não está mais aqui para canta-las.
E aí, forçosamente, retorno aos temas preferidos da minha "escrivinhação": o amor, a paz, a fé, o amor...E me sinto bem, embora fora de moda.