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	Catania, num dia de amor de 2004
 
 Meu amor, minha Clara,
 
 Sou imensamente feliz por saber que tu és minha. Sou feliz por quem tu és e por tudo que me dás. Não posso querer mais do que isto, agradeço aos céus por amar-te e de ser amado por ti.
 
 Hoje eu comecei a escrever a parte central do meu livro, a parte onde nasce e morre o amor entre dois jovens que jamais se tocaram, mas que se amaram muito, à distância, como nós. A cada pensamento, a cada frase que escrevo a tua imagem se faz presente. Vejo-te na sala da tua casa, em Paris, junto ao lago de Como, em Veneza, próxima a Ponte dos Suspiros, tuas fotos são belíssimas e me fazem companhia, mas existe uma delas, “Clara chorando”, que me parte o coração. Quando a vejo, meu desejo é que tu estivesses a meu lado, para que eu pudesse enxugar teus olhos com meus beijos, como faz Daniel à sua amada Teresa, num episódio do meu livro, e depois poder cantar-te a mesma canção:
 
 “Querida, te quero tanto, tanto
 Não existe ninguém no mundo
 Mais amada do que tu.
 
 Amo-te, ò sonho meu de amor,
 A vida do meu coração és tu...”
 
 Depois eu fiquei a espera de tuas mensagens que, quando chegaram, me fizeram muito, muito feliz.
 
 Amo-te com o coração e com a mente, ti amo porque és a única flor que vive no meu coração.
 
 Boa noite meu amor, deixo milhões de beijos sobre teu travesseiro e outro tanto nos teus lábios adorados.
 
 Com amor,
 
 Enzo
 
 
 (Carta da série “Um amor siciliano”, o amor por correspondência vivido por Enzo e Clara).
 
 Hull de La Fuente
 
 
 
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