Oito envolvidos com o mensalão são reeleitos
O resultado das urnas não refletiu a indignação nacional com o escândalo do mensalão. Pelo menos oito acusados de envolvimento com o suposto esquema de compra de votos na Câmara Federal foram eleitos. São eles: João Paulo Cunha (PT-SP), José Mentor (PT-SP), Vadão Gomes (PP-SP), Sandro Mabel (PL-GO), Pedro Henry (PP-MT), Paulo Rocha (PT-PA), Valdemar da Costa Neto (PL-ES) e José Genoino (PT-SP).
Valdemar da Costa Neto e Paulo Rocha eram deputados federais na época das denúncias e renunciaram ao mandato para evitar a cassação. Genoino era presidente do PT e deixou o cargo. Os demais foram absolvidos pelos colegas da Câmara.
Já os candidatos à reeleição Romeu Queiroz (PTB-MG), João Magno (PT-MG), Professor Luizinho (PT-SP) e Josias Gomes (PT-BA) não foram eleitos.
José Borba (PMDB-PR) tem a candidatura sob julgamento pela Justiça Eleitoral e não teve o resultado o número de votos divulgado. Carlos Rodrigues (RJ) e Wanderval dos Santos (PL-SP) não concorreram à reeleição.
DE 50 CANDIDATOS "SANGUESSUGAS", SÓ CINCO SÃO ELEITOS
Dos 50 acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas que disputavam algum cargo nestas eleições, apenas cinco se elegeram, todos para deputado federal. São eles: Wellington Roberto (PL-PB), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Pedro Henry (PP-MT), Wellington Fagundes (PL-MT) e João Magalhães (PMDB-MG).
Ao todo, 70 parlamentares são investigados por ligação com a máfia das sanguessugas, sendo 67 deputados federais e 3 senadores.
Dos senadores, Ney Suassuna não se reelegeu. Já Serys Slhessarenko (PT) disputou o governo do Mato Grosso e perdeu. O senador Magno Malta (PL-ES) não concorreu e tem mais quatro anos de mandato.
http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1169149-EI6651,00.html
Vemos por aí que não há muito motivo para os políticos se preocuparem com os próprios comportamentos indesejáveis.
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