Tentei não acreditar no que eu via e,
principalmente,
no que eu ouvia!
Sons que doíam meus tímpanos e
naturalmente meu coração!
Falava de outros amores como se
eles fossem objetos descartáveis,
dizia sobre tentativas que,
se não dessem certo,
teriam sido,
apenas,
novas aventuras!
Falou durante uma infinidade de tempo que
perdi a noção do meu mundo circundando em face,
também, das horas!
O que mais me entristeceu foi ter a certeza
que figurava no seu horrendo enredo!
Peças de ourivesaria ensaiada para ornar o dorso
de um desencanto de gente que,
aos olhos,
encanta e fascina...
nada mais!
Segue ingrata tentando e
testando seu único predicativo que é a beleza
que o tempo rouba por estar apenas no corpo!
Siga porque a vida vai cobrar desses atos
insanos e que iludem tantas almas que
lhe servem de cobaias para a oficina do amor!
Siga e não leve saudades minhas!
Vá e não ouse blasfemar que lhe servi
no desabafo das suas carências e
no calor das horas que, para mim, foram perdidas!
Prossiga sem medo,
pois jamais ousarei dirigir meus olhos aos seus e
sobretudo sobre eles, novamente!
Algumas coisas,
infelizmente,
nada acrescentam,
mas roubam de nós a entrega...
furtam da gente o que mais desencanta
o riso,
amarga todo o doce do coração e
do beijo...
por isso,
não apareça no meu espaço porque
eu não quero machucar meus olhos...
nunca mais!