Aproximou-se emocionado da figura esquálida do mestre. Mas, de perto, notou que ele era saudável, mostrando-se inclusive mais moço do que visto pelas fotografias. Quis iniciar uma conversa, mas ele atalhou polidamente:
Sei do que você precisa. Você tem a índole boa. O importante, na vida, é amar muito, com desvelo, dedicando o sentimento aos que mais necessitam, aos carentes, aos que ficam excluídos, por isso vivem na sombra, no anonimato, no esquecimento.
Os ídolos já são muito amados, portanto, ama-los não é tão difícil.
Agora, você pode ir, tem a minha aprovação, que é como se fosse uma bênção. Siga os caminhos que levam aos homens necessitados. Por andar, você há de encontra-los. Eles estarão num canto qualquer, tristonhos, desiludidos. Qualquer atitude de afeto os cativará.
E ele seguiu e cumpriu tudo quanto o mestre lhe falou e, interessante, quanto mais servia, mas se sentia feliz.