São caminhos que surgem,
são estradas desencontradas que levam,
que trazem...
são efemeridades que não se relatam...
são!
Olhos que estão a me fitar
sem me perder da mira!...
Sonolentos encantos que adormecem
sem candura!
Obsoletos argumentos que apenas
lamuriam na esfrega dos lábios,
estranhas entranhas que não prendem
nada mais,
mas expulsam o amor que não resiste
ao descaso quando prenunciamos o ocaso!
São tampas que não vedam!
Estão para preencher espaços
que não podem ser ocupados e,
tampouco,
preenchidos...
São dores que latejam,
incomodam,
tiram o rumo dos olhos,
impacientam o corpo,
doem o coração e
o rosto que carrega as
ultimadas gotas da alma!
São células amorosas mortas...
foram um dia sadias,
mas não puderam resistir ao
conflito das suas partículas lançadas
em forma de desprezo e
à acidez da sua indiferença!
As minhas mãos estão receosas...
enrugam enxugando o lamentável pranto!...
Sofrem tanto quanto os meus
olhos que vêem,
mas não se mobilizam pelo
cansaço indizível do prêmio que
irrora a minha trajetória com
desditosas saudades suas!
©Balsa Melo
15.11.06
Cabedelo - PB
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AO MEU CANSADO, ENFIM, AMOR! CRI EM BELEZAS EPIDÉRMICAS OS ESPAÇOS QUE PODEMOS OCUPAR E JAMAIS PREENCHER! SABER E CONHECER VOLTARÁS UM DIA ME PEDINDO PERDÃO REVERBERA MINHA SOLIDÃO QUERO GENTE
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