Acabo de receber uma triste notícia: faleceu em Fortaleza - e só agora pude tomar conhecimento - um homem de bem. Hoje é a missa de sétimo dia. Apressei-me em telefonar para Maria José, cônjuge persístite, para levar-lhe a minha solidariedade e a minha saudade pela perda de um grande amigo.
A notícia, dada com muito jeito pela minha querida Alice, ainda assim, golpeou-me bem fundo: Francisco Salgueiro Fidanza, advogado criterioso, excelente pai de família, católico fervoroso, alma vibrátil de artista, fala mansa, afável, reto, amigo dos raros, deixou o convívio dos vivos e foi se juntar ao Senhor.
Fica a lembrança de uma pessoa pura, que eu vi pela última vez há um ano atrás, na missa de ação de graças pela nossa formatura, voz sumida, dizendo-me que estava muito doente. Retruquei, procurando anima-lo: que nada, rapaz, a gente tem que pensar positivo.
Mas, Mazé contou-me que ele andava com o coração enfraquecido, cansava ao menor esforço.
Meu amigo Salgueiro, estou rezando por você, embora saiba que a sua alma leve já está no Reino do Senhor.
Que saudade!
A gente vai morrendo um pouquinho cada vez que um amigo se vai.