O artigo do escrevinhador Carlos Heitor Cony, beneficiário de uma vultosa e indecente indenização como anistiado, simplesmente por ter sido demitido do jornal em que trabalhava, durante o regime militar ( apesar de se ter provas que ele arranjou emprego logo depois) mostrou o quanto é prepotente e antidemocrático, ao aplaudir a expulsão do neto do Gen. Pinochet pelo "grave crime" de ter opinião própria e manifestar o seu compreensível apoio ao avô.
Cony deve ser um dos que se valem da simples declaração de ter sido torturado, sem precisar de isto provar, para se apresentar com vítima da ditadura, numa esdrúxula situação em que os acusados tem que provar que são inocentes, invertendo o que se entende como Justiça.
Pode até se compreender e respeitar a sua oposição ao governo do Pinochet, que tornou o Chile uma grande nação, mas querer que todos pensem do mesmo modo e defender punições severas para aqueles que dele discordem, louvando uma lei da mordaça, que impera em Cuba e na Venezuela, como imperou em todos os países que adotaram o comunismo, é uma odiosa manifestação de completo desprezo aos princípios mais comezinhos da democracia, que assegura a todos os direito à livre manifestação do pensamento. E que Voltaire defendia, afirmando que "posso discordar de tudo que disseres, mas defenderei até a morte o direito de o dizeres".
Pedro Paulo Rocha
Eng./MSc/Econ/Prof.
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Obs.: Texto recebido de amigo via internet (F.M.).