Passei, naquele dia, dos limites humanos para a dor pungente da decepção e da frustração.
Vieram todas as notícias que eu não queria ouvir ou ler, murcharam todas as esperanças que eu eu não podia ver emerchecidas.
Fiquei tonto, no início, como se tivesse ingerido, num tempo muito curto, uma dose muito grande de bebida alcoólica, trazendo um entorpecimento sem precedentes em minha vida, retirando minmha capacidade de reagir.
Mas, aos poucos, foi como se consciência viesse retornando lentamente, trazendo-me de volta à realidade.
Aí eu senti que a gente nunca deve desistir: fica sempre uma brecha para que a gente possa reabrir a passagem para a lucidez e o equilíbrio. O mundo, enfim, não chegou ao fim, restamos inteiros, incólumes, apenas, mas dotados de experiência e sabedoria.
A hora é de por os pés no chão, enfentar a realidade e sobreviver. Definitivamente, o fim do mundo ainda não chegou!