Um lusitano, da cidade de Évora - vou chamá-lo aqui de Rafael, pois não sei se lhe agradaria ter o nome declarado - encantado com a música de fundo de minha Solidão, disse que adorou a melodia, mas quase nada entendeu da letra da música.
E pediu-me encarecidamente que lhe enviasse.
Só que o e-mail, Rafa, simplesmente, voltou, por algum "erro de endereço".
Porém, como você demonstrou ser meu leitor assíduo, uso este veículo - Usina - para satisfazer/atender o seu pedido tão carinhoso.
Basta, para tal, clicar neste link
e estará cantando, com Zé di Camargo & Luciano, a Tristeza do Jeca.
Quero, no entanto, dar algumas informações sobre a música - que foi tema do filme do mesmo nome - e o personagem sertanejo.
Jeca Tatu – o "piolho-da-terra”
Uma figura literária de imensa ingenuidade representa o Brasil caipira, do interior, do sertão, do homem do campo: Jeca Tatu, personagem fruto da imaginação do escritor José Bento Monteiro Lobato.
Hoje vamos dar uma olhadinha na figura do Jeca Tatu, personagem que imortalizou e que foi imortalizado nos filmes cinematográficos pelo ator Mazzaropi. Mesmo batendo todos os recordes nacionais de bilheteria, Mazzaropi era odiado pela crítica.
Em 1914, Monteiro Lobato, fazendeiro de Taubaté, no interior de São Paulo, escrevera dois artigos para o jornal "O Estado de São Paulo” nos quais se queixa sobre os caboclos do interior, inadaptáveis à civilização. O artigo com maior repercussão foi justamente o sobre Jeca Tatu, figura criada por Lobato para descrever o caboclo que vegeta de cócoras, piolho-da-terra, capiau sem vocação para nada, a não ser a para a preguiça, "urupês" (parasitas que vegetam nos ocos das árvores e que acabam por matá-las). O nome Jeca virou sinômino de bobo, ingênuo.
Trecho retirado do site:
Jeca
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