Estou de momento empenhado e atarefado com a minha participação no Fórum JN, seguindo o decurso do "Desabafe Connosco", e na Tertúlia JN, dois desideratos que, por estarem ligados à minha terra, não colocarei de parte nem abandono. De resto, porque uma mosca ontem me pousou na testa e me sujou de tal forma a conclusão racional, decidi acabar integralmente com toda a outra dispersão que me superlotava a disponibilidade para me dedicar exclusivamente à Usina. "A Internet é pior do que um mar desconhecido - Eduardo Lourenço". Mar por mar, opto por aquele onde já me sinto capaz de ir e voltar.
De futuro, sempre que haja respeito, decência e consideração, às interplações escritas que me fizerem corresponderei com idêntica atitude. Nunca a alguém respeitável recusei a minha consideração. A tudo mais, inclusive simulações de intenção, passarei ao lado.
Em qualquer parte do mundo que seja, a meu ver e segundo minha índole, estou convencido que só a morte natural poderá resolver por enquanto a nefanda problemática humana, já que as instituíçoes que lideram os povos não encontram forma garantida de produzir criaturas mentalmente sádias e tendentes à harmonização mútua.
Assim, num ápice considero que reagir virtualmente às provocações sistematicamente levantadas é uma grandessíssima estupidez e sobretudo constitui uma perda de tempo desagradável que ronda a porta do masoquismo encefálico. Se por agora não tenho meio de preservar as paredes da minha casa, resta-me somente limpá-las sob paciente e discreto silêncio.
Irei pois por outra forma de jogo, o jogo que não busca a vitória ou derrota de alguém, mas apenas a diversão saudável e a aprazível fruição da cultura. Quem for degradado que se degrade mais ainda, quem não o for e quiser degradar-se que o faça, quem é como é deixá-lo ser, quem quiser brincar com coisas sérias que se revele como quiser.
Activo, prolífero quanto possível, mas agora munido de pára-teclas, eis-me pois à entrada da secção da USINA IDEAL para que possa conscientemente sentir-me USINEIRO EXEMPLAR sem carecer do parecer de ninguém. E quem teimar atirar-me com peças do meu passado escrito com o intuito de emporcalhar o meu presente e bloquear o meu futuro, faça o favor de o fazer como entender. Assumo tudo quanto escrevi em cada altura, situação e circunstância. Afinal, a credibilidade da Internet está em permanente corda bamba e permite toda a espécie de perversidades.
Tenho sobretudo a certeza absoluta de que os mortos não ressuscitam, ainda que porventura apareça por aí um "nick" que se afirme ressucitado.
António Torre da Guia
Porto - Portugal |