8 DE MARÇO
Liberte-se também da escravidão afetiva, mulher!
Tenho umas tantas amigas que estão vivendo “romances” destrutivos. Elas não sabem dizer não. Submetem-se aos caprichos dos parceiros, humilham-se, sentem-se incapazes de sobreviver sem eles. São como marionetes manipuladas grosseiramente pelos seus senhores.
Uma delas escreveu-me declarando-se “destruída”. Foi como se a imagem da boneca desfeita surgisse diante dos meus olhos.
E seu amor próprio, amiga? O que você fez com você mesma?
Reaja! Dê-se Valor!
Se você não acredita no seu potencial, quem acreditará?
Não sou conselheira sentimental, definitivamente. Tenho vontade de sair puxando cada uma delas pelas orelhas, como fazia minha avó, quando saíamos da disciplina.
Já chorei com algumas de vocês, mas agora nem posso mais fazer isso, pois minhas lágrimas secaram devido à síndrome do olho seco. Então, quando vocês me contam seu sofrimento, o meu desconforto é maior, pois não posso servir-me das lágrimas que lavam a dor da alma.
Nesse mais um dia de todas nós, pois todos os dias são nossos, eu traduzi pra vocês uma canção do final dos anos 70, muito executada na Itália onde nasceram seus compositores e interprete e também na França. Seu título original é: La Bambola = A Boneca.
Sigam o exemplo da canção.
Com todo meu afeto.
Tu me fazes rodar
Como se eu fosse uma boneca
Depois me pões pra baixo
Como se eu fosse uma boneca
Não percebes quando choro,
Quando estou triste e cansada,
Tu pensas somente em ti.
Não meu rapaz, não!
Do meu amor tu não rirás,
Não farei mais o teu jogo
Quando tu jogares.
Tu sabes fazer sofrer e chorar
Mas desta noite em diante
Nas tuas mãos
Não deixarei mais
A minha vida.
Não meu rapaz, não.
Tu não me deixarás
Entre as dez bonecas
Que já não te agradam mais,
Oh não! Oh não!