Na semana passada, o sr. publicou artigos sobre o "jeito americano de matar". Neles o sr. demonstra profunda consternação com o sofrimento das criancinhas lá do extremo oriente (embora não demonstre a mesma preocupação com as milhões de criancinhas daqui do Brasil, que morrem de fome, de verminoses, de balas perdidas, etc. etc.). Por falar em oriente, que tal se o sr. nos brindasse também com artigos sobre o "jeito comunista de matar"? Ia ser um sucesso! Afinal de contas, a ideologia comunista conquistou a respeitável marca dos 100 milhões de mortos em todo o mundo, mais do que a soma das vítimas do nazismo e das duas guerras mundiais! Só é pena que, no final das contas, foi tudo em vão, pois o lunático sistema político implodiu por si só, demonstrando seu fracasso retumbante e agora eles corram desesperados para re-implantar o capitalismo a todo vapor. Mas, ... isso não é importante. Que o jeito comunista de matar foi eficiente, ah, isso foi. Assim fazendo, o sr. prestaria um bom serviço aos ignorantes leitores do JB que, afinal de contas, como custam para aprender que devem odiar os Estados Unidos e a disfarçar a inveja de tudo o que é bem sucedido! Pobres dos eruditos colunistas, que precisam disparar incansáveis mensagens de apologia ao comunismo, todos os dias, para que esses ignorantes aprendam o que é certo! Não se preocupe, que nada vai lhe acontecer por nos explicar o "jeito comunista de matar", Sr. Wolf, pois não estamos na ex-União Soviética ou em Cuba. Lá o sr. iria direto para o degredo na Sibéria ou para o paredón. Mas aqui não. Graças a Deus (e ao contra-golpe de 1964), estamos numa democracia neo-liberal, onde se pode publicar as maiores tolices e distorcer os fatos à vontade (buscando fazer lavagem cerebral nos mais incautos) que o emprego continua garantido. Bom, né? Como é charmoso ser comunista! O único risco é de, um dia, os Estados Unidos acabarem. Aí, sim, vocês todos perderiam o emprego. Mas isso, ... parece estar longe de acontecer. Assim sendo, aguardamos ansiosamente seus artigos sobre o jeito comunista de matar.