Dedico as "Sete Maravilhas", uma viagem literária ao terreno celestial, aos que escrevem dezenas de mensagens e poderiam exprimir-se numa só vez, um dia antes da morte, consumando a opinião substanciada aos olhos dos imbecis que fazem muito pior de que o mesmo, substanciando tão-só a revelação da inépcia das suas vidas. Louvo os que almejam ser notados e se esforçam por protagonizar os efeitos da vida, tal como os mais lídimos o fazem, mas sem nunca impor publicamente o rebaixamento e a marginalização de outrem. Lanço um apelo de mais alento ainda aos que não tendo amigos e convívios aprazíveis se refugiam e encontram na Internet entretenimento balsamico, confrontamdo-se com a critica e a censura que sistematicamente os pretende desmotivar e eliminar. Saúdo os que se refugiam nos pseudónimos com a exclusiva intenção de armar defesa às picardias covardes, cínicas e inviamente invejosas. Enfim, desabafo, interrogando-me como é possível que em pleno ano de 2007, com a bestialidade a abarrotar de "sabedoria", os dias persistam em oferecer-nos a desmiolação pejada dos mais baixos e repugnantes sentimentos.
Boa viagem, Amigos, evitando quanto possível os inevitáveis paus-de-dois-bicos.
----------- As Sete Maravilhas ----------
Oh...
Quem me dera ler no teu livro sem-fim,
percorrer uma a uma as sete maravilhas
da Antiguidade, reconhecer-lhes as trilhas,
sentir o mistério da vida apelar por mim...
As pirâmides de Gizé ao céu do Cairo,
na Babilónia, os Jardins Suspensos,
a estátua de Zeus na Olímpia dos incensos,
o templo de Ártemis fruindo o mar Egeu,
o mausoléu de Halicarnasso na Turquia,
o Colosso de Rhodes na ilha de Hélios
e enfim, banhado na luz do teu-e-meu,
contemplar exausto o farol de Alexandria...
Em mútua partilha da suprema iguaria
dos deuses, lograr o definitivo mais além,
ascendendo ao Sésamo de ninguém,
ego do nada nos fluídos da harmonia.