Neste primeiro comunicado de 2007 saúdo os velhos militares que, impulsionados pela imprensa, por passeatas das mulheres, pela Igreja Católica e pelo seu próprio espírito de patriotismo, assumiram os rumos do Brasil em 31 de março de 1964.
Roberto Marinho, na capa do seu jornal “O Globo”, de 07/10/1984, assinou o editorial intitulado “JULGAMENTO DA REVOLUÇÃO”, do qual destaco o seguinte trecho: “Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais, de preservação das instituições democráticas, ameaçados pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada...”.
Ontem, em conversa com o ex-presidente da Câmara – Deputado Aldo Rebelo, do PCdoB, cotado para assumir o Ministério da Defesa, comentei sobre o vexame imposto aos militares com a obrigação de terem que requerer porte de arma e de se submeterem a exame psicológico, sugerindo que, caso o mesmo fosse confirmado para o cargo, abolisse tais normas em um de seus primeiros atos. Sua concordância com nossa sugestão foi bem clara.
Os funcionários do Banco Central, cujo salário médio inicial é superior a R$ 10.000,00, começam campanha por 40%. A Polícia Federal, de forma justa, cobra o percentual de 30% que lhe é devido, pelo compromisso assinado na gestão do então Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.
Pelo lado dos militares, depois de assinada pelo Ministro Waldir Pires e acordada pelo Presidente da República, a Exposição de Motivos nº 601/MD, de 15/Dez/2006, que se encontrava na Casa Civil pronta para ser remetida à Câmara, acabou sendo devolvida à Defesa pelo fato de o então Comandante da Marinha alegar a possibilidade de haver “subversão” salarial entre postos e graduações. Como conseqüência, “ficamos a ver navios”.
Encontra-se em nossa página a íntegra da EM 601/MD, que previa alterar de 20% para 40% o adicional de compensação orgânica, criar a gratificação de auxílio-moradia (30%) e reativar o adicional de tempo de serviço (qüinqüênio).
Aguardamos a definição sobre o titular do Ministério da Defesa para intensificarmos a pressão em busca de reajuste salarial.