Querida, estou escrevendo esta carta para deixar bem claro: Sem luz, nada enxergo, daí deixo essas poucas linhas em sua homenagem.
Lembra-se da azul montanha?
Despenquei de sua borda na fenda do mundo. Acordei após décadas e percebi que você ainda existia.
Passei em casa e encontrei a despensa vazia. Como sempre, passei fome. Não há de ser nada, não há nada que o Amor não alimente. Ainda acredito nisto.
Querida, o menino cresceu e trouxe amigos e amigas! Orgulho-me dele, o problema é o cheiro de capim na sala.
PS: Volto às montanhas hoje. Não se preocupe.
Não volto a ver você tão cedo.