Usina de Letras
Usina de Letras
22 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63224 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10676)
Erótico (13592)
Frases (51739)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4944)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141306)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Ao homem que cortou as minhas árvores -- 11/06/2007 - 09:28 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao homem que cortou as minhas árvores
Maria da Graça Almeida

Infeliz abatedor
de árvores saudáveis,
a despeito de sua insensatez,
meu pomar reviveu!
As árvores brotaram novamente,
mais fortes e frondosas,
com flores mais perfumadas,
com frutos mais refrescantes.

Inconseqüente homem-serra,
em pouco tempo dar-se-á conta
de que pelo gesto insano e egoísta
você mesmo foi o grande lesado.

Hoje os braços lhe doem
pelos esforços do desserviço;
suas mãos sangram, contundidas
pela própria arma da devastação.
Impediu-se às delicias do fruto maduro
negou-se aos prazeres da sombra fresca.

Pobre homem-machado,
minha vegetação renasceu sadia
e sua amargura, esta, bem sei,
aumenta. E adoece-o, dia por dia...

E os dias são infindáveis...
e se nem isso o intimida,
o mal que lhe desejo
é que seja o detentor
da mais alongada vida,
para ardentemente sonhar
com o fruto cuja doçura
e com a sombra cujo frescor
nunca mais desfrutará!

Pobre homem-tesoura,
ontem senti pena de mim;
hoje, sinto de você,
que cortou as próprias penas,
que mutilou as próprias asas...

////////////////////////////////////////////
O homem que cortou as minhas árvores
maria da graça almeida

O homem que cortou as minhas árvores
não se ocupou do esforço da semente,
da extensão da raiz, da magnitude dos galhos,
da expressão das folhas, do propósito do fruto.

O homem que cortou as minhas árvores
não cuidou da semeadura.
Para o aprendizado ou o treino do plantio
é necessário curvar e quedar-se rente ao chão.
Nem todos estão dispostos a tal submissão.

A construção requer cuidado e responsabilidade.
A destruição é simples, basta uma palavra...
ou uma assinatura, um olhar, um gesto, um empurrão.

O homem que cortou as minhas árvores não sabe
dos sacrifícios do crescimento, das penas do amadurecimento,
das perdas do envelhecimento, das dores do sepultamento.

O homem que cortou as minhas árvores
desconhece do tempo os prejuízos, os benefícios
e ingênuo ou desavisado
na chegada ou na partida
julga que jamais provará das urgências da vida.

-------------------------------------------------
Não só digo do homem que praticou a ação,
refiro-me também àquele que se dispôs
a colocar-lhe às mãos o instrumento da devastação.








Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui