DESPEDIDA, JAMAIS!
(Por Germano Correia da Silva)
O ato de dizer adeus para as pessoas que nos amam e para aquelas que nós amamos é, por vezes, cheio de ações inusitadas e os reflexos dessas ações tendem a nos marcar para o resto da vida. E foi com base nessa assertiva que decidi tecer alguns comentários a respeito do que penso sobre as ações e os reflexos inerentes a esse momento.
A meu ver, ninguém, em sã consciência, gosta de ficar distante ou de se afastar temporária ou definitivamente da pessoa amada, a não ser que esse afastamento nos sirva como norteador básico para a definição do rumo que pretendemos dar para os próximos passos da nossa vida.
Mas o que é viver, senão experimentar e/ou enfrentar todos os percalços e desafios que a própria vida nos coloca frente a frente?
O ato de se separar da pessoa com quem convivemos ou com quem estamos, ou melhor, o ato de dizer adeus para essa pessoa, seria uma pretensa vivência dessas provações.
Eu não gosto de dizer adeus. Prefiro aquele corriqueiro “até breve” ao convencional “adeus”, que passa aquela imagem e/ou impressão de que nunca mais nos encontraremos.
Se você não estivesse aí no seu cantinho, tão absorta com os seus afazeres diários, sem dedicar um minuto do seu precioso tempo para matutar um pouco com os seus botões, decerto já teria se perguntado: O que ele está querendo dizer com tudo isso?
Se eu estivesse no seu lugar, imaginaria, em princípio, que todo esse palavrório solto ao vento está soando com uma pseudo preparação psicológica. Num outro momento imaginaria que tudo isso também se assemelha a uma daquelas cantilenas (ladainhas) usadas para musicar contos da carochinha.
Eu não acreditaria nessa possibilidade de alguém poder manter-se longe um do outro em definitivo, pois quem ama de verdade, mesmo distante, estará unido por laços de união espirituais.
O amor que une dois seres por laços de união espirituais nunca termina. O que às vezes ocorre é que devido à impossibilidade de um estar perto do outro, conforme planos projetados a dois, o próprio tempo decorrido sem a possibilidade de um menor contato físico, se encarrega de passar uma falsa impressão de que tudo terminou.
Particularmente, eu não acredito em despedida, sobretudo naqueles momentos em que o sentimento amor apenas sugere a transmutação corporal dos seres que, por razões que a própria razão desconhece, tendem a ficar distantes, temporária ou definitivamente.
O amor que existia antes, enquanto eles estavam juntos, permanece. Ele se agigantará ou entrará em decadência, evidentemente, mas isso dependerá muito do lastro afetivo antes formado entre esses seres.
Destarte, partindo-se do princípio de que tudo isso que você acabou de ler também tem algo a ver com o que você pensa acerca do nosso relacionamento, eu gostaria de ler, mesmo que numa carta com argumentos bem concisos, a sua opinião a respeito do assunto despedida.
Até breve!
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