No Brasil, assim como na Argentina, Chile, etc., assistimos ao revanche contra os remanescentes dos regimes militares. Alega-se que a ANISTIA, então concordada, só valia para uma das parrtes.
Agora que chegaram ao poder e stão com a faca e o queijo na mão, os esquerdas dão outra interpretação ao contratado.
Até meninos percebem nisso uma traição à palavra dada. Quando 2 garotos lutam e o que está em desvantagem "se entrega", o vencedor afrouxa a "gravata". Assim nas lutas marciais e até no grosseiro "Vale-Tudo".
Imperdoável e contra toda ética esportiva seria aproveitar o momento para atacar pelas costas o vencedor desprevenido. É o que se passa na esfera politica hoje.
A perseguição aos que antes detinham o poder e unilateralmente depuseram as armas, "baixaram a guarda", confiantes numa atitude reciproca, é claramente uma traição ao trato combinado.
Soubessem os que tinham a upper hand que depois o combinado seria descumprido pelos perdedores, jamais teriam assinado uma anistia.
A lição a ser apreendida é que conflitos não podem ser resolvidos por declarações de armisticio ou cessassão de hostilidades. O perdedor só espera a oportinidade para revidar .
A gurizada é mais honesta!
Nelson Lehmann
Obs.: Nelson Lehmann da Silva é secretário-executivo do Instituto Liberal de Brasília. Professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), tem doutorado (PhD) pela University of California, Davis, 1980; mestrado (M.A.) pela Koeln Universitaet, Alemanha, 1972; e Licenciatura (Teologia) no Pontifício Ateneo Antoniano, Roma, 1967. Autor do livro Religião Civil do Estado Moderno, Thesaurus, Brasília, 1985. Tem inúmeros artigos publicados em jornais, como Gazeta Mercantil-DF, Jornal de Brasília, Jornal RREFLEXÃO (UnB), Revista Humanidades (UnB), revista Think Tank, do Instituto Liberal, e no site Escola Sem Partido (F. Maier).