Eis-me aqui
Hoje
A dizer outra
Vez
Do amor.
O amor em
Todos
Os tempos,
Mesmo depois
De soprados
Os mais
Variados
Ventos...
Quem é você
Que em sonhos
Me persegue?
Ó doce criatura, pois
De mim
Nunca se esquece.
A que vem
Gentil figura
Se já sabe, o
Meu coração
Estremece
Ao anunciar essa
Ventura!
Em tom de verso
O amor
Eu canto.
A lira explode
Tudo que meu peito cala.
Ouve o pranto,
De quem suspira
Ao clarão da noite
Por teu olhar,
Todo cheio de encanto!
Minha fantasia
Tão rica,
A mim enlouquece.
Teima a alegria
A dizer, sim
Para amar fui feita
O tempo das
Paixões
A nós convence,
Sobre o que
A razão
Jamais suspeita!
Pode o amor ferir
A golpe agudo o sentir.
De saudade,
Quem sabe desengano.
Mesmo se
Tivesse eu outro plano,
Percebo que só
Aos venturosos
É dado viver dor,
Amor e prazer.
Mal de amor
É certo
Não tem cura.
Essa lei da natureza
Traz ao amante que
Procura
Toda sorte de certeza.
Ao sonhar felicidade
Ser ousada e
Assim crer, pois
Mesmo em sonho
Experimento vida pura!
