(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento).
Cartas
Aloprados II - O Retorno
A divulgação do dossiê dos gastos envolvendo cartões corporativos de FHC e dona Ruth, caso seja mesmo de autoria de membros do atual governo, caracteriza aquela velha tática de que erros e corrupção de governos anteriores justificam ocorrências semelhantes no presente. Se esse tipo de justificativa fosse válido, a Alemanha ainda hoje estaria praticando genocídios. No Brasil, então, nem a escravidão teria sido abolida, já que foi criada por reis ou imperadores anteriores. Tomara que esse dossiê tenha o mesmo destino daquele dos “aloprados”, ou seja, um tiro pela culatra.
NESTOR RODRIGUES PEREIRA FILHO
rodrigues-nestor@ig.com.br
São Paulo
Tucanos reagem a dossiê e querem abrir gastos de Lula (25/3, A5).
E quem tem medo de dossiês? Que se abram todos, é o mínimo que o povo espera dessa canalhice que implantou a ditadura socialista a partir da Constituição de 88, e se encontre muito mais!
ARIOVALDO BATISTA
arioba06@hotamail.com
São Bernardo do Campo
Dengue
Numa vergonhosa epidemia como a que se alastra pelo Rio de Janeiro, não vejo nenhuma manifestação de cientistas, que, em situações semelhantes nos países desenvolvidos, seriam os primeiros a ser consultados. Onde estão os nossos Adolfo Lutz, Osvaldo Cruz, Carlos Chagas, Rocha Lima e tantos outros que lançaram os fundamentos dos institutos de pesquisa no Brasil no final do século 19 e início do século 20? Certamente não estão nos institutos de pesquisa que aqueles cientistas ajudaram a criar no modelo concebido por Louis Pasteur. Será que algum dos nossos governantes, ministros e secretários da Saúde tem alguma explicação para essa aberração?
ANTONIO CARLOS MARTINS DE CAMARGO,
médico, professor titular da USP, diretor do CAT-Cepid/Fapesp
acmcamargo@butantan.gov.br
São Paulo
De quem é a culpa?
Os governos federal, estadual e municipal ficaram muito tempo discutindo se havia ou não epidemia de dengue no Rio de Janeiro, em vez de atacar o problema de forma eficaz. Após todas as mortes ocorridas, resolveu-se encarar a dengue como tal, mas com combate ínfimo. Quem será responsabilizado pelas ocorrências fatais?
LUCIA HELENA FLAQUER
lflaquer@terra.com.br
São Paulo
Gostaria de aproveitar o comentário de Arnaldo Jabor (25/3, D12) para fazer o meu desabafo e ao mesmo tempo discordar dos leitores que opinaram sobre o tema: a culpa da epidemia da dengue não é só das autoridades. É nossa! Enquanto o povo não fizer a sua parte, não adianta só cobrar do governo. Precisamos deixar de ser ignorantes. As campanhas de educação existem e não surtem efeito porque não prestamos atenção a elas. Estive no Rio em janeiro e fui bombardeado por muitos panfletos alertando sobre o perigo da dengue. E a ignorância não é característica apenas da classe pobre carioca, como disse Jabor. Canso de ver lixo sendo jogado pelas janelas de luxuosos carros nas ruas de São Paulo. Acorda, povo brasileiro (pobres e ricos).
SÉRGIO KOCINAS
sergio.koc@hotmail.com
São Paulo
A cada dia que passa ficamos mais assustados com a volta de doenças até então erradicadas, a fúria da dengue, o sofrimento do povão, a falta de radioterapia. E o sr. Lula, que não está nem aí para o problema, tal e qual Pôncio Pilatos lava as mãos e não pára de dizer: “A oposição me tirou a CPMF.” É, a coisa está brava.
MAURÍCIO LIMA
mapeli@uol.com.br
São Paulo
Elevação tributária
A partir de 1.º de abril começará a viger nova forma de tributação
de PIS e Cofins, concentrada unicamente na base produtora do álcool anidro ou hidratado. O governo federal editou a MP 413/08 para a cobrança de PIS/Cofins da unidade produtora do álcool combustível, dos atuais 3,65% de ambos os tributos para uma alíquota concentrada de 3,75% (PIS) e 17,25% (Cofins), com acentuada acumulação de 21% ao final. Esse aumento não poderia ser pior, dados os 25% do ICMS já suportados pelos produtores. Com a alteração na forma de cobrança de PIS e Cofins incidente sobre a comercialização do álcool, seja anidro (misturado à gasolina) ou hidratado (combustível), poderemos, a partir de maio, visualizar uma redução dos ganhos dos fornecedores e das usinas de álcool, mais uma vez punidos pelas mudanças tributárias. Sob a justificativa de que a tributação concentrada na produção tem por objetivo diminuir a evasão fiscal e combater a sonegação, o governo, com essa MP, acabou aumentando a carga tributária para a cadeia de produção do álcool anidro e hidratado, acarretando excessiva concentração de tributos na base produtora. Como não poderia ser diferente, essa alteração não está sendo bem assimilada pelo castigado setor produtivo. Com a vigência da MP dificilmente haverá redução significativa do valor do produto na bomba para o consumidor.
SIDNEY MORAES FILHO
moraes_advocacia@uol.com.br
Ourinhos
Portadores de deficiência
Li com atenção redobrada a reportagem SP cria secretaria para deficientes (23/3, C6), sobre cidadania. Sou portador de neurite diabética, somada a erisipela de repetição com infecção linfática generalizada nos dois membros inferiores. Com isso, com as pernas sempre enfaixadas, sou obrigado a me locomover em cadeira de rodas. Parabéns à Prefeitura por querer melhorar cada vez mais o acesso dos deficientes às vias públicas, aos transportes coletivos, bancos e repartições públicas. Mas se não melhorar a educação de uma boa parte da população, graças a Deus com saúde perfeita, pouco será resolvido. Estou cansado de reclamar, inclusive na seção São Paulo Reclama do Estado, dos espertos infratores que burlam a lei e a dignidade do próximo estacionando seus veículos nas vagas reservadas e indicadas para o uso exclusivo aos deficientes físicos. Essa vergonha acontece em toda a cidade, principalmente nas garagens dos shoppings. Nem mesmo estacionamentos de hospitais eles respeitam. Enfim, espero que a nova secretaria faça campanhas educacionais para os costumeiros sem-educação e cultura, que vivem se aproveitando de tudo e de todos, pois sabem que vivem num país sem regras e sem leis!
ROBERTO STAVALE
bobstal@dglnet.com.br
São Paulo
Memória de ACM
Antes de tudo quero cumprimentar O Estado de S. Paulo pelo bem-sucedido trabalho que segue desenvolvendo, sempre sob a liderança da família Mesquita, no permanente ofício de informar e, assim, colaborar na formação da sociedade brasileira. Ao tempo que o cumprimento, celebro também as décadas de amizade e de respeitoso relacionamento que unem nossas famílias e nossos empreendimentos. E são exatamente esses laços profissionais e de amizade que me obrigam a abordar um assunto, para mim e minha família, profundamente desagradável. Refiro-me a um artigo publicado no caderno Aliás (23/3, J7) em que, de forma mentirosa, mesquinha, com vocabulário insultuoso e abordagem absolutamente incompatível com as tradições do jornal, o pseudo-autor denigre a imagem, insulta a memória do saudoso senador Antonio Carlos Magalhães, meu pai, e lança calúnias sobre mim e minha família. Como empresário do setor, conheço bem a complexidade de se conduzir um órgão de comunicação - especialmente um veículo da grandeza e da responsabilidade histórica do Estadão, cuja trajetória sempre foi marcada pela independência jornalística e pela prevalência da alma democrática e do dever de informar sobre quaisquer outros interesses. Muitas vezes, o respeito à pluralidade de opiniões nos impõe a abordagem de temas ou formas de externá-los nem sempre coincidentes com a linha editorial e o comportamento da instituição. Por isso mesmo, encorajado pela história desse jornal e da honrada família que o concebeu - e que desde então o dirige - me impus a obrigação de externar à família Mesquita a nossa intenção de processar o indigitado autor, pelas torpes e insidiosas insinuações e mentiras que lançou à memória do senador, contra mim e contra minha família, valendo-se, para tanto, do espírito democrático e da respeitabilidade editorial de O Estado de S. Paulo.
ANTONIO CARLOS MAGALHÃES JR.,
senador da República
Brasília
A MAIOR VERGONHA DO POVO BRASILEIRO É TER CONFIADO NO PT DE LULA, HOJE ROUBANDO PUBLICAMENTE ATRAVÉS DOS CARTÕES CORPORATIVOS. QUEM NÃO ACREDITAR NESTAS MINHAS PALAVRAS ACESSE, POR FAVOR, O SITE: http://www.youtube.com/watch?v=kRiRKKO8HvU