(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento).
O rei nu
Segundo pesquisa divulgada ontem, a avaliação positiva do governo Lula atingiu o maior nível desde 2003: 58%. O próprio presidente teve destacada aprovação: 73%. Nada abala o governo e o governante. Nem o mensalão, nem os cartões corporativos. Se a eleição para presidente fosse em outubro deste ano e Lula pudesse recandidatar-se, seria imbatível. Mas, como só ocorrerá em 2010, coincidindo talvez com o desfecho jurídico do mensalão, pode ser que vejamos o rei nu. E ele não consiga fazer o seu sucessor.
AFRÂNIO DE OLIVEIRA SOBRINHO
afranio.oliveira@uol.com.br
São Paulo
Muito preocupante a declaração do “nosso guia” de que fará o próximo presidente. Foi tomado de grande fúria ao saber que FHC liberou a abertura de seus gastos quando presidente. Além de não seguir o exemplo do antecessor e abrir os gastos com seus cartões corporativos, ameaça com um seguidor para que nunca suas falcatruas sejam descobertas. Por que tanto medo, sr. Lulla? Se não deve, não deve temer...
LEILA E. LEITÃO
São Paulo
A MAIOR VERGONHA DO POVO BRASILEIRO É TER CONFIADO NO PT DE LULA, HOJE ROUBANDO PUBLICAMENTE ATRAVÉS DOS CARTÕES CORPORATIVOS. QUEM NÃO ACREDITAR NESTAS MINHAS PALAVRAS ACESSE, POR FAVOR, O SITE: http://www.youtube.com/watch?v=kRiRKKO8HvU
B R A S I L: "UM PAÍS DE TOLOS"!
Jeovah de Moura Nunes
E a ética, presidente?
Em determinada ocasião, o presidente Lula, num de seus costumeiros arroubos, declarou: “No Brasil, atualmente, não existe nenhuma pessoa mais ética do que eu.” Então, sr. presidente, por que não prova o que disse, abrindo o sigilo dos seus gastos, como fez o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso? Afinal, quem não deve não teme.
ADOLFO ZATZ
dolfizatz@terra.com.br
São Paulo
Caro presidente Lula, caso algum companheiro não o tenha ainda alertado sobre o que é um governo de fato democrático, desejo informar-lhe que governar democraticamente inclui, entre outros fatores, prestar contas de todos os atos praticados por V. Sa. e seus auxiliares no trato com a coisa pública. A democracia não se exerce pela retórica, é antes de tudo prática cotidiana de cidadania.
ANDRÉ LUÍS BOGAERTS
albogaerts@gmail.com
Guarulhos
Tudo culpa da ‘zelite’
Nitidamente em campanha, Lula não se acanha, nos seus discursos “palanqueiros”, em acarinhar corruptos comprovados. Assim
o fez em Pernambuco, ao se dizer a favor de Severino Cavalcanti e culpando a sua cassação não pelo ato ilícito por ele praticado, mas por ato das elites do Paraná e de São Paulo. Depois dessa, e com a tropa de choque do governo e seus coligados querendo impedir qualquer ato elucidatório, alguém ainda acredita que a CPMI dos Cartões Corporativos apurará algum desvio de dinheiro público? Ou que é meta deste
governo o combate à corrupção?
ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO
marcar@laser.com.br
Botucatu
Perguntinha: se o sr. Severino Cavalcanti foi injustiçado pela
oposição e pela elite paulista, o que ocorreu conosco, contribuintes obrigados a assistir a esse teatro de horrores?!
RITA VELLOSA
studiodearte@terra.com.br
São Paulo
Brasil e Índia no G-8
Até que enfim, partindo do candidato republicano John McCain, a sugestão de substituir a Rússia no G-8 pelo Brasil e pela Índia. Nada mais democrático, pois, de fato, com falsa aparência democrática, a Rússia de hoje, uma ditadura despistada, é governada com mão-de-ferro por Vladimir Putin, ex-KGB, muito mais para Stalin do que para Gorbachev... Avante, diplomatas brasileiros, montem rápido no cavalo selado, sem cavaleiro, que McCain nos oferece!
SAGRADO LAMIR DAVID
david@powerline.com.br
Juiz de Fora (MG)
Gostaríamos de convidar o candidato republicano à Presidência dos EUA para um tour pelas nossas rodovias federais, com direito a sobrevoar São Paulo na hora do rush e a uma parada no Rio de Janeiro para uma visita aos hospitais do SUS. Ele poderia assistir também ao nosso “Cirque du Soleil” que se apresenta diariamente a céu aberto em semáforos de quase todas as cidades brasileiras. E, para encerrar, nós lhe faríamos uma apresentação da eficácia do ensino em nossas escolas públicas. Daí, então, ele poderia ter um panorama mais completo para fazer a sugestão de que o Brasil seja mais um integrante do G-8.
MARIA MAGDALA MENESES
magdalameneses@yahoo.com.br
Curitiba
Ainda o vôo 455
A respeito da carta, publicada ontem, do assessor da ministra
do Turismo, cumpre esclarecer que ou fantasiosa é a sua carta ou, então, o nosso querido senador ex-marido da ministra está ficando, digamos, sem noção... Pois na tribuna do Senado ficou tentando justificar o injustificável procedimento de sua ex-musa (?).
JOSÉ P. MÁRIO VAZ
vazjose@terra.com.br
São Paulo
Otários
Infelizmente, nós, paulistas, não temos ninguém para nos defender, como o deputado Picciani, que vai beneficiar o Rio como
produtor de petróleo. Para nós somente alta de imposto para os produtores de álcool. Continuamos a ser os otários deste país.
MARISA VEIGA DE MEDEIROS
marisa.veiga@terra.com.br
Campinas
Novo procurador
Todos os dias levo o Estado para a sala de aula. Ontem um aluno
do ensino médio, após ler a entrevista do novo procurador-geral
de Justiça de São Paulo (27/3, A16), disse: “Até que enfim achei alguém que pensa como você, professora, mas o problema é que logo ele ficará igual aos outros...”
MARIA IMPERATRIZ CUNHA
imperacunha@yahoo.com.br
Sertãozinho
Atolados
Indiscutível a autoridade do ilustre desembargador Aloísio de
Toledo César (27/3, A2) quando fala, e bem, do emperramento
da máquina judiciária. Esse travamento tem peso significativo quando se recorda a lição do mestre das Arcadas José Inácio Botelho de Mesquita, ao lembrar, ainda com mais autoridade, que não há norma processual incidindo no processo enquanto ele aguarda julgamento, por mais de cinco anos, nas prateleiras do tribunal. Nosso processo é antigo, mas não tanto quanto a falta de pessoas, mal recente, oriundo de recursos escassos.
ANTONIO F. ABRAHÃO,
advogado
afa@icn.com.br
São Paulo
Que o Judiciário brasileiro vive num atoleiro de processos, como afirma o desembargador Aloísio de Toledo César, não há quem negue. A diferença entre os processos distribuídos em face dos julgados, sobretudo no Estado de São Paulo, já era acentuada e continua a crescer significativamente, a ponto de que em determinado momento a situação ficará totalmente sem controle, a exemplo do que ocorrerá com o trânsito desta capital, se apenas soluções paliativas forem adotadas. Mas essas soluções, no caso dos processos, não podem mais ficar concentradas na reforma das leis processuais, pois estas já chegaram ao limite do comprometimento de importantes princípios constitucionais (juiz natural, contraditório e ampla defesa). As soluções agora reclamam uma eficiente gestão administrativa dos tribunais no controle do fluxo dos processos, o que, evidentemente, exigirá uma melhor distribuição de juízes e funcionários, que devem ser deslocados de funções meramente administrativas (assessorias, etc.) para o exercício da atividade-fim: a prestação da atividade jurisdicional. O principal papel do Conselho Nacional de Justiça deve ser o de controlar essa gestão.
VALENTINO APARECIDO DE ANDRADE,
juiz de Direito
valentinoandrade@uol.com.br
São Paulo
Esclarecimento
Em relação à carta do leitor sr. Elio Carrara publicada em 24/3,
a Diretoria Regional de Educação de São Miguel Paulista esclarece que a Emei do CEU Parque São Carlos nunca dispensa alunos quando os professores faltam. Para lhes evitar prejuízo, quando não há disponibilidade de professor eventual (que substitui os titulares nas suas faltas), a direção da unidade encaminha outros professores para efetuar a substituição e só em último caso redistribui os alunos em outras salas. Em alguns casos, contudo, as mães preferem não deixar os filhos na escola quando isso acontece.
ANDRÉA PORTELLA,
assessora de Imprensa da Secretaria Municipal de Educação
apalves@prefeitura.sp.gov.br
São Paulo