(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento).
Bomba-relógio
Muito mais que a crise americana que se espera, nós, brasileiros, já temos uma armada e de efeito retardado. Trata-se da crise de abstinência de investimentos em infra-estrutura social, de saúde (estão aí a dengue, a tuberculose...), educação, transporte, segurança e para o desenvolvimento sustentável: portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, etc. A meu ver, mais uma vez nossa mui “esperta” oposição peca por omissão: primeiro, por entregar ao PT, de mão beijada e sem lutar com todos os trunfos, a eleição para Presidência da República e, agora, por não enxergar o que se acerca com essa omissão de investimentos. É nítido e certo que essa bomba-relógio vai explodir, provavelmente ainda no colo deste governo e de quem estiver sentado na cadeira presidencial, no próximo. Portanto, um conselho à nossa oposição: mire melhor na perdiz e pare de acertar no cachorro.
MANOEL BRAGA
manoelbraga@mecpar.com
Matão
Embarque lento
A primeira página do Estado de ontem retrata de corpo inteiro a incompetência de nossos governantes. A foto dos caminhões parados em fila de 9 km com cargas destinadas ao Porto de Paranaguá, quando mal se iniciam os despachos àquele terminal marítimo, nos dá o indício certeiro do engarrafamento de veículos no decorrer de maio e junho, quando estará a caminho a supersafra anunciada. No ano passado a fila chegou até as proximidades de Curitiba e em maio decerto se aproximará de Ponta Grossa, 100 km adiante. Não sabemos a origem daquelas cargas, mas, com toda a certeza, ao menos metade procede das fronteiras agrícolas do “nortão” brasileiro. E o mesmo acontecerá nos meses vindouros, após percorrem uns 3 mil km de “buracovias” nacionais, quando poderiam viajar apenas 500 a 1.000, atingir os enormes rios navegáveis de nossa Amazônia e de lá seguir por hidrovias até os terminais existentes ao longo do maior rio nacional. Sem falar que o embarque dos produtos seria feito muito mais perto dos centros compradores, da Europa, por exemplo, sem congestionamento portuário nem navios cargueiros aguardando ao largo, a altíssimo custo, para carregar.
RENATO JUNQUEIRA MEIRELLES
rjmeirelles@uol.com.br
São Paulo
Transporte
Entrevistado por um repórter de rádio, o secretário municipal de Transportes deu como resposta o retrato falado de como é o resultado prático das administrações públicas no Brasil. O noticiarista perguntou como ficariam as mudanças (das mobílias) das pessoas que dependem do transporte de carga na cidade, alvo da proibição do prefeito paulistano de transitar no período das 7 às 21 horas. “Que mudanças?!”,
respondeu o assessor do alcaide.
LINCOLN SCORSONI
lincoln_scorsoni@yahoo.com.br
São Paulo
Caminhões em São Paulo
Agora que o prefeito Gilberto Kassab resolveu acertadamente incluir os caminhões no rodízio, as empresas de transporte aterrorizam dizendo que o comércio vai parar. Mas a cidade já parou. E os caminhões contribuem muito para o caos e a poluição. Portanto, nada mais justo que incluí-los no rodízio. Além do que não obedecem à regra de permanecerem na faixa da direita. Vide o que presencio diariamente na Avenida Escola Politécnica: nos dois sentidos é uma parede de caminhões nas três faixas! E ninguém fiscaliza.
LAIZ RODRIGUES GONÇALVES LANDI
lrglandi@terra.com.br
São Paulo
Se o prefeito Kassab realmente conseguir proibir carga e descarga e implementar o rodízio dos caminhões por todo o centro expandido, estará de parabéns. E terá o meu voto.
CELSO RIBAS G. DE CARVALHO
cribas@apicemkt.com.br
São Paulo
Bravatas
O presidente Lula, ao submeter o Brasil ao acordo com o governo boliviano do cumpanhero Evo Morales, garantiu que o preço do gás não subiria. Agora o gás subiu pela segunda vez após a bravata e a mentira. Mais uma, presidente?
ARNALDO BARROS
arnaldobarros@ig.com.br
São Paulo
Terceiro mandato
O presidente Lula tem lançado vários balões-de-ensaio sobre possíveis candidaturas petistas para 2010, na realidade, uma estratégia diversionista para tapear uma oposição cada vez mais desorientada e prestes a se dividir. Convencido de que nenhuma indicação do PT ou da base aliada teria condições de vencer José Serra, Lula não está disposto a ver a desconstrução de seu plano de poder, por isso seu candidato para a próxima eleição presidencial será ele próprio. E o vice José Alencar já foi autorizado pelo Planalto a embalar esse sonho, que correrá por fora enquanto as candidaturas postas vão sendo queimadas. Em plena campanha pelo País, o presidente transgride a lei e demonstra desapreço por nossas instituições. Lamentavelmente, restam poucas vozes discordantes em nossa imprensa e quem deveria dar um basta legal a esse processo está com medo. Intenções autoritárias mais claras, impossível.
SERGIO VILLAÇA
svillaca@terra.com.br
Recife
Quantas reeleições quiser, não dar satisfação sobre o dinheiro gasto. Sindicato de São Bernardo? Não, somente o Brasil.
Viva o Colosso de Rodes.
WILSON ROBERTO GOMIERO
wilsongomiero@itelefonica.com.br
Mogi das Cruzes
Sem casuísmo
O sr. vice-presidente José Alencar, em sua declaração em 1.º de abril, demonstra não conhecer o Direito Constitucional americano. O presidente Roosevelt foi eleito não para três, mas para quatro mandatos. Não cumpriu o último porque veio a falecer. Os EUA não alteraram sua Constituição para permitir tais reeleições em virtude do prestígio do presidente Roosevelt, eis que a autorização já vigorava muito antes. Não houve, portanto, nenhum casuísmo de natureza política. A alteração constitucional americana, permitindo só uma reeleição do presidente, passou a viger após Roosevelt falecer. Cabe registrar que a Constituição americana, na redação atual, autoriza uma única reeleição, mas taxativamente proíbe qualquer futura nova eleição de presidente após o cumprimento do último mandato. Convém que nosso vice-presidente saiba disso. Se o presidente Lula permite que terceiras pessoas acendam a tocha de um terceiro mandato, que papel está fazendo a ministra Dilma, presença assídua em todos os comícios?
FÁBIO PRADO
São Paulo
Osso de galinha, quando entala na garganta, é um perigo...
PAULO BOCCATO
pofboccato@yahoo.com.br
São Carlos
Cansado de eleição?
Se é verdade que o presidente Lula está cansado de eleição,
por que não desce do palanque?
VICENTE BENTO DE OLIVEIRA
vicente-bento@uol.com.br
Lençóis Paulista
Quinto constitucional
É de se concordar integralmente com o artigo A magistratura não
é emprego (2/4, A2), da lavra do amigo e eminente advogado dr. Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, no qual tece considerações oportunas sobre o quinto constitucional. Aliás, o quinto não é nem pode ser visto como salvação de advogados sequiosos de arrumar a sua vida financeira, nem ser objeto de acertos políticos entre grupos de advogados. Não é assim que os advogados e seu órgão de classe podem contribuir para o aperfeiçoamento da Justiça. Na verdade, a OAB precisa atestar a idoneidade moral e intelectual do colega candidato. Reputação ilibada e notável saber jurídico são elementos com que não se pode transigir, muito menos transacionar politicamente. Senão, é melhor que se mude a Carta Magna.
JOSÉ CARLOS DE CARVALHO CARNEIRO,
conselheiro estadual da OAB-SP
carneiro@claretianas.com.br
São Paulo
Louvável, sob todos os pontos
de vista, o artigo do dr. Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que me faz lembrar a dedicação ao ensino na PUC-SP, a honestidade e
a ética de seu saudoso pai, Waldemar Mariz de Oliveira, de quem
fui aluno, e igual postura de Miguel Reale Júnior em recente artigo no Estadão, lançando esperança de uma OAB e de um Brasil melhores, afastando a politicagem e o corporativismo.
VITTORIO CASSONE
vcassone@uol.com.br
São Paulo
FÓRUM DOS LEITORES
A MAIOR VERGONHA DO POVO BRASILEIRO É TER CONFIADO NO PT DE LULA, HOJE ROUBANDO PUBLICAMENTE ATRAVÉS DOS CARTÕES CORPORATIVOS. QUEM NÃO ACREDITAR NESTAS MINHAS PALAVRAS ACESSE, POR FAVOR, O SITE: http://www.youtube.com/watch?v=kRiRKKO8HvU