(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento).
Outro ‘aloprado’?
O Brasil continua, infelizmente, o país dos golpes de “aloprados”... Vejam agora o que fez o diretor-geral da ANP, ao dar declarações públicas sobre o imenso tamanho do mais novo campo de petróleo descoberto pela Petrobrás: provocou uma alta das ações da empresa na Bolsa de Valores de quase 8%. E quem se beneficiou com isso? Quem ganhou com a alta decorrente das declarações de Haroldo Lima? Ele tem idade suficiente para saber que declarações desse tipo devem sempre ser precedidas de informação oficial da empresa à bolsa. O partido a que ele pertence sempre combateu as trapalhadas dos outros governos - inclusive em eventos análogos - quando deles não fazia parte. E, agora, com o PCdoB no governo, vai pelo mesmo triste caminho? O governo
deveria esclarecer esse episódio.
SERGIO LOPES
blackfeet@uol.com.br
São Paulo
Fator previdenciário
O editorial A anti-reforma da Previdência (13/4, A3), sobre este tema e a luta do senador Paulo Paim contra a reversão do malfadado “fator previdenciário”, inverte a lógica do déficit da Previdência. A realidade é que o fator previdenciário, criado ainda no governo Fernando Henrique, é conseqüência, e não causa do déficit, pois foi, na realidade, um paliativo usado na época, com conseqüências danosas nas aposentadorias a longo prazo, pois as reduziu paulatinamente, a ponto de submeter os contribuintes à miséria. As causas do déficit são, na verdade, a inclusão de categorias de não-contribuintes no sistema, como as aposentadorias rural, por invalidez e, ainda, para os não-assalariados com mais de 60 anos, com concomitante ausência de idade mínima para os demais contribuintes. Os aposentados são vítimas de um sistema vil, que pune os que contribuíram a vida toda e premia os não-contribuintes.
ROBERTO BOSCARDIN
belorojo@terra.com.br
São Paulo
Volta e meia vemos na imprensa artigos indignados contra o déficit da Previdência e sugestões para reduzi-lo, quase sempre desumanas. Ninguém pensa nos proventos dos aposentados, que, enquanto na ativa, pagam descontos vinculados ao salário mínimo e, depois de retirados, recebem bem menos do que pagaram. Atualmente, quem paga sobre dez salários se aposenta com quatro, e isso ainda vai diminuindo gradativamente com fatores de redução. Quanto mais velho, menos receberá, exatamente na fase em que mais precisa. Quando os legisladores chegarão à óbvia conclusão
de que o que justifica a existência da Previdência Social é amparar quem para ela contribuiu por 35 anos, e não dar lucro ao erário?
JOÃO CARLOS RODRIGUES
jcrodrig@terra.com.br
Rio de Janeiro
Li a pesada crítica ao projeto do senador Paulo Paim que devolve aos aposentados o que lhes foi surrupiado ao longo destes anos. Não há déficit na Previdência, há, sim, malversação de recursos, como em quase todos os órgãos do governo, aliás, muito bem explicada diariamente nas páginas
desse brilhante jornal. Quando ingressei no mercado de trabalho, fiz um contrato com o INSS de que eu contribuiria, o INSS administraria e ao final de 35 anos eu receberia uma justa remuneração. Em 1988, com uma única penada, o meu (e o de milhões de trabalhadores brasileiros) contrato foi rescindido unilateralmente. De lá para cá, os proventos dos aposentados foram drasticamente reduzidos, sem acompanhar a inflação. O senador Paulo Paim é um dos poucos políticos que se preocupam com os aposentados. Não merece críticas.
MIGUEL ABRAHAM
azereht@uol.com.br
São Paulo
Palmeiras x São Paulo
O Palmeiras fez uma excelente campanha no Campeonato Paulista, pra ninguém botar defeito, e agora vem um juiz, apita o jogo, Adriano faz um gol a la Maradona, e ele valida o gol. E daí, como é que fica? Tudo bem? Não há punição alguma? Esse é o meu Brasil.
ARNALDO LUIZ DE OLIVEIRA FILHO
arluolf@hotmail.com
Itapeva
Pesar
Na manhã de ontem fui surpreendido com a notícia da morte do Eduardo Martins. Não o conhecia pessoalmente, só através de
muitos e-mails para tirar dúvidas. Ele era muito atencioso, respondia na hora. Foi uma grande perda para o Brasil. Que Deus o tenha e lá de cima ele possa continuar a nos iluminar.
BOB SHARP
bobsharp@uol.com.br
São Paulo
Acabo de perder um amigo, que me deu régua e compasso bem no início da minha carreira de jornalista, assim que voltei de um exílio voluntário em Paris. Foi Eduardo Martins que me deu, no início dos anos 80, a primeira página em branco do Estado para que eu escrevesse sobre rock and roll. Acabo de perder um amigo e mestre.
ALBERTO VILLAS
alberto.villas@tvglobo.com.br
São Paulo
Tive a honra e o privilégio de conviver durante exatos 15 anos (1971-1986) com Eduardo Martins na redação do Estado. Ele era um profissional respeitado, um homem honrado e um amigo leal. Em novembro de 1971 - auge da ditadura militar, no consulado de Garrastazu Médici - fui preso por facínoras do Esquadrão da Morte a serviço do delegado Sérgio Paranhos Fleury, na ante-sala da redação, ainda na histórica Rua
Major Quedinho. Eu tinha poucos meses de Estadão e era ainda
um desconhecido para a maioria do pessoal. Eduardo Martins, juntamente com Oliveiros S. Ferreira, se mobilizou para me defender, ganhando a adesão incondicional de Julio de Mesquita Neto e Flávio Galvão. Foram eles que garantiram minha incolumidade pessoal diante da tortura desenfreada nos porões do antigo Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops). Foi um tempo sofrido, que nos deixou alguns heróis mortos, como Vladimir Herzog. Mas foram também tempos gloriosos para o Estadão em sua luta pelo restabelecimento da democracia e pela liberdade de imprensa. Foi o Edu que me apresentou a uma redação onde, além de Oliveiros e Galvão, havia figuras como Clóvis Rossi, Raul e Mauro Martins Bastos, Carlos Monforte, Oswaldo Martins, Carlos Conde, Ricardo Kotscho, Hélio Bicudo, Dácio Arruda Campos, Carlos Manente, Gellulfo Gonçalves (o Gegê), Fran Augusti, Fausto Silva (o Faustão, que ainda não era tão famoso) e tantos outros que o passar do tempo levou ou espalhou por este vasto mundo. Isso sem falar de comunistas históricos, como Miguel Urbano Rodrigues. Alguns chegaram mais tarde, como Miguel Jorge. Outros ainda continuam na redação, como Rolf Kuntz. Wagner Carelli, Sérgio Motta Mello, Paulo Markun e Augusto Nunes foram algumas estrelas do jornalismo que começaram pelas mãos de Eduardo Martins. Perdi um amigo. O Estadão perdeu um profissional brilhante. Todos nós tivemos uma grande perda.
ANTONIO TADEU AFONSO
Ataf61@gmail.com
Brasília
Uno-me a todos os que estão sentindo a partida de Eduardo Martins. Dele só guardo demonstrações de afeto e gratidão. Perdi um amigo fiel e o Estado, um colaborador dedicado e competente.
CÉSAR TACITO LOPES COSTA, jornalista aposentado e antigo diretor do Grupo Estado
São Paulo
Em meu nome e no de Joelmir Beting, ausente do País, apresento condolências ao Grupo Estado pela morte do jornalista Eduardo Martins. Peço que sejam transmitidas à sua viúva e família nossas orações para que alcancem a paz nestes dias de dor.
CECILIA ZIONI
ceciliazioni@uol.com.br
São Paulo
Que pena! Morreu o Eduardo Martins. Não vou poder mais ler a sua coluna no Estadinho, o que fazia ao iniciar a leitura do Estadão aos sábados. Era imperdível!
ADRIANO JÚLIO VICENTE DE AZEVEDO
adriano.jbv@uol.com.br
São Paulo
Jornalistas como Eduardo Martins são jóias raras: é a melhor imprensa, assumindo a sua obrigação de informar e formar. Seus comentários e suas orientações sempre enfatizaram a redação precisa como instrumento para o pensamento claro, lúcido, produtivo. O que importa realmente não é a elegância em si, mas a clareza do pensamento e da comunicação. Suas obras são inesquecíveis e o seu exemplo deverá ser seguido.
MAURO MOORE MADUREIRA
mauromm@uol.com.br
São Paulo
A MAIOR VERGONHA DO POVO BRASILEIRO É TER CONFIADO NO PT DE LULA, HOJE ROUBANDO PUBLICAMENTE ATRAVÉS DOS CARTÕES CORPORATIVOS. QUEM NÃO ACREDITAR NESTAS MINHAS PALAVRAS ACESSE, POR FAVOR, O SITE: http://www.youtube.com/watch?v=kRiRKKO8HvU