Cartas
(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento.
forum@grupoestado.com.br
Taxa de juros
Aumentar os juros para combater a inflação é a fórmula mais simplista que existe. Nessa equação, não devidamente analisada e resolvida, sairão prejudicados a balança comercial, a indústria, os exportadores nacionais e, conseqüentemente, a geração de empregos. Só se beneficiarão os importadores e os especuladores financeiros, que trarão mais capital para se aproveitarem das taxas absurdas. Entre perdas e ganhos, o Brasil será o mais prejudicado.
ANTONIO JULIO AMARO
julio08amaro@hotmail.com
São Caetano do Sul
Petrobrás x ANP
É de uma indignação a toda prova observar a incompetência dos políticos nomeados pelo governo Lula para o setor de petróleo. O presidente da ANP anuncia que o bloco BM-S-9, conhecido como Carioca, pode ser o terceiro maior campo de petróleo do mundo, com reservas em torno de 33 bilhões de barris. Ao mesmo tempo, a Petrobrás, responsável pela exploração do bloco, nega a informação, tendo emitido nota ao mercado dizendo não ser possível afirmar tecnicamente que o bloco Carioca possa ser chamado de campo, uma vez que o poço ainda não foi declarado comercialmente viável. Afinal, esses trapalhões não se dão conta de que a Petrobrás é uma empresa com governança corporativa, que deve satisfação a seus acionistas? Já não chega a incapacidade da empresa em tornar realidade o aumento da produção, não obstante todas as descobertas anunciadas e já comprovadas? E não basta a demagogia do governo em não aumentar o preço dos combustíveis, tendo em vista que o preço do petróleo aumentou 220% desde a última elevação, ocasionando sérios reflexos na geração de caixa e na capacidade de investimentos da empresa? E, melancolicamente, para concluir: não pensará o presidente da ANP, um comunista convicto, em criar uma nova estatal para explorar o petróleo, excluindo a Petrobrás, sob a alegação de que esta tem parte substancial de seu capital em mãos de particulares, inclusive estrangeiros? Certamente esse gênio quer nos levar de volta ao passado com o slogan “o petróleo é nosso”. Mas, como não temos recursos para explorá-lo sozinhos, que ele fique quietinho em nosso berço esplêndido.
ADEL FERES
a.feres@terra.com.br
Goiânia
Olha outro golpe da Petrobrás aí, gente...!
MARCILIO FAUSTINO
m_faustino@uol.com.br
São Paulo
Lula é mestre em nomear, para dirigir as importantes agências reguladoras, pessoas sem o menor preparo e sem a formação necessária para o exercício do cargo. Foi assim com Milton Zuanazzi, nomeado para a Agência Nacional de Aviação Civil por ter sido secretário de Turismo e que expôs o governo ao ridículo do apagão aéreo, e agora com o diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o falastrão Haroldo
Lima, que, antes de ter tido o seu talento na área de petróleo des-
coberto por Lula, era apenas um político militante de um partido
de esquerda. Tenho de chegar à conclusão de que o nosso presidente adora emoções fortes.
RONALDO GOMES FERRAZ
ronferraz@globo.com
Rio de Janeiro
O sheik Ablulla I
A descoberta (sic) em território brasileiro do terceiro maior campo de petróleo e gás do mundo torna obsoleta a discussão sobre o terceiro mandato consecutivo do presidente Lula. Vamos depor o presidente e nomear um sheik, com mandato vitalício e hereditário, como manda a tradição.
Viva o sheik Ablulla I!
JOSÉ ANTONIO PEDRIALI
jpedriali@hotmail.com
Londrina
CVM
Três perguntas à CVM: 1) Por que a CVM não suspendeu as negociações com ações da Petrobrás até que ela se manifestasse sobre as informações divulgadas pela ANP? 2) Depois que a Petrobrás se manifestou contradizendo a ANP, por que não cancelou as operações realizadas com as ações da Petrobrás, nesse dia? 3) Por que a Petrobrás esperou até o final do pregão para se manifestar?
MARCOS BERENHOLC
berenholc@webcable.com.br
São Paulo
Poço Carioca
Depois de mais uma notícia manipulada do governo, com a qual, com certeza, alguns ganharam muito, gostaria de indagar à cú-
pula petista da PeTrobrás: se algum novo poço na Bacia de Campos (RJ) for descoberto, vai ser chamado de Paulista, Bandeirante? Até quando nós, paulistas, teremos de tolerar isso? No Rio de Janeiro eles aceitariam?
WASHINGTON LUIZ BUENO DE CAMARGO
classificacao@corretorawlc.com.br
São Paulo
Royalties
Quando o nacionalismo estatizante entra em campo, o País que ele representa sempre perde de goleada. Bastou a quebra do monopólio do petróleo e começou a “chover” ouro negro em alguns municípios brasileiros. Porém a mudança nas regras da partilha dos royalties que os municípios produtores de petróleo recebem está causando alvoroço. Nossas Opeps municipais não querem perder a farra do dinheiro fácil. Conforme o Estadão publicou, uma dessas prefeituras, a de Campos de Goytacazes (RJ), embolsa nada menos que 24% de todo o dinheiro destinado aos municípios e gasta mais da metade com a contratação de servidores, prato cheio para partidos populistas como os que estão no poder central. Aviso aos contribuintes: a República dos Cabides de Empregos mudou de endereço. Antes era nas estatais, agora está nas prefeituras petrolíferas.
LINCOLN SCORSONI
lincoln_scorsoni@yahoo.com.br
São Paulo
Dengue
Saúdo o Estado pelo excelente editorial O avanço da dengue (13/4, A3). A síntese “Faltam coordenação e empenho político para montar uma estratégia nacional” diz tudo. Desde a errada mudança constitucional, há nove anos, transferindo para os milhares de municípios a competência da prevenção e combate às endemias, a dengue não parou de crescer. São mais de 600 mortos até hoje! Não há informação, competência, articulação regional e poder de controle sanitário nos quase 6 mil municípios, entes federados autônomos. Aliás, só no Brasil somamos essas duas aberrações. A atual epidemia ganha visibilidade e provoca indignação e atitudes quando atinge o Sudeste. Mas ela começou em 2007 com o recorde de 158 mortos (150 em 2002), de acordo com informações discretamente liberadas no site do Ministério da Saúde em março de 2008. Pela primeira vez no País morreram dezenas de crianças - 61, segundo afirmou o Jornal Nacional, da TV Globo, há dez dias, mas não há informação oficial até hoje. Jamais foi convocada rede nacional para essa seriíssima informação e alerta à população. Em sereno e contundente artigo (11/4) no JB, o senador José Sarney feriu a questão ao falar da silenciosa e anônima tragédia do ano passado no Nordeste. Tivemos epidemias graves em Mato Grosso do Sul, Amapá, Pará, Maranhão, Piauí e Ceará, com dezenas de adultos e crianças mortos em áreas de baixa densidade populacional. Com a chegada do verão e o trânsito
de milhões de pessoas nas férias, a epidemia chegar ao Sudeste era a tragédia certa ocultada pela falta de informação. Já no ano passado morreram 16 pessoas em São Paulo, que antes nunca foi área
de risco natural. Um “gabinete de crise” foi criado este mês e, então, convocadas as Forças Armadas! E uma grande reunião de treinamento de profissionais foi anunciada para ontem em Caxias, na Baixada Fluminense! Em 2002 politizaram a dengue nas eleições presidenciais e apontaram culpados. Eram 202 mortos desde 1990. Agora chegamos ao total de 600 e todos somos culpados. Chega. O editorial diz tudo: “Faltam coordenação e empenho político para montar uma estratégia nacional.” E espero que os editores do nosso Estadão aprofundem os dados aqui revelados e que jamais foram informados ao País.
RONALDO CEZAR COELHO,
constituinte de 88, ex-secretário municipal de Saúde
sylviab@multiplic.com.br
Rio de Janeiro
Os EUA e o papa
A mídia norte-americana diz que a visita do papa aos EUA é a
primeira a um país das Américas. Mas o papa visitou o Brasil há mais de seis meses e o nosso país, afinal de contas, é um país americano também. Os EUA sempre querem ser os primeiros, mesmo quando não é verdade.
KURT REDISCH
São Paulo
A MAIOR VERGONHA DO POVO BRASILEIRO É TER CONFIADO NO PT DE LULA, HOJE ROUBANDO PUBLICAMENTE ATRAVÉS DOS CARTÕES CORPORATIVOS. QUEM NÃO ACREDITAR NESTAS MINHAS PALAVRAS ACESSE, POR FAVOR, O SITE: http://www.youtube.com/watch?v=kRiRKKO8HvU