Assim como Evo Morales, que invadiu refinarias da Petrobras para forçar o aumento no preço pago pelo gás boliviano, pressão aceita de bom grado e até com alegria pelo nosso (des)governo, Lugo, eleito presidente do Paraguai, vai provocar problemas, já que uma de suas principais bandeiras de campanha é a elevação do preço pago pela energia excedente da hidrelétrica de Itaipu. A figura em questão deixa de levar em consideração dois aspectos:
1º: o Paraguai não tem como consumir a energia excedente produzida;
2º: e também não tem como conduzir a mesma para eventuais compradores, haja vista que não possui linhas de transmissão, salvo as erguidas pelo Brasil.
No entanto, em Assunção, onde está à convite de Lugo, Carlos Alberto Libanio Cristo, o Frei Betto, ex-secretário especial da Presidência e amigo íntimo do Lula, afirmou ter ouvido de representantes do governo brasileiro que o Brasil está disposto a alterar o tratado de Itaipu. Disse ele, segundo a imprensa: “Falei com pessoas do governo e sinto que o presidente Lula tem grande simpatia (pela proposta de Lugo) e estaria disposto a rever o tratado de Itaipu”.
Resultado: estaria aberta a possibilidade de aumento no preço pago ao Paraguai pela energia excedente da hidrelétrica binacional... E o interesse nacional que vá para o espaço!
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