(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento.
Palavras ao vento
Lula disse que não renegociaria o contrato de Itaipu com o Paraguai e seu ministro Celso Amorim afirma que o País está aberto a negociações. Imediatamente, o óbvio: contradição. Aí o Itamaraty divulga nota dizendo que não há nada de contraditório e que essas declarações são complementares (!). Parece o samba do crioulo doido, mas não é, já que o ministro de Minas e Energia diz que o contrato será mantido, porém o Brasil está aberto a negociações. Conclusão: preparemo-nos para pagar mais pela energia, pois o Brasil vai condescender outra vez, como o fez com a Bolívia, mesmo sendo mais uma exigência absurda, pois a usina foi construída inteiramente com capital brasileiro. O combinado é que os dois países teriam metade da energia cada um e o que não utilizasse sua parte poderia vender ao outro pelo preço de custo. Já que o Paraguai quer o preço de mercado, que tal arcar com a metade da construção?
MARIA TEREZA MURRAY
terezamurray@hotmail.com
São Paulo
Mais uma vez Lula escorrega, como frisou Celso Ming (Lula escorrega no biodiesel, 23/4, B2). Ora escorrega no etanol, ora num protocolo, ora com a Bolívia, ora com Chávez. E, pelo que dá a entender, vai escorregar mais uma vez, com o Paraguai. Num primeiro momento diz que vai manter o contrato, depois acena com mais uma punição para nós, brasileiros, alegando que uma nação grande deve ajudar outros povos. Resta a pergunta: e quem “ajuda” o Brasil?
ROBERTO SARAIVA
robertosaraivabr@yahoo.com.br
São Bernardo do Campo
Moeda de troca
Ao ler a coluna de Dora Kramer de 22/4 (Conjugação de interesses), cheguei à triste conclusão de que os políticos brasileiros não se dão ao respeito. Há mais de 200 anos que o povo dos EUA elege seus presidentes para cumprirem um mandato de quatro anos, com direito à reeleição. Aqui é um “pouquinho” diferente, e não é de hoje. Médici governou por quatro anos, Geisel por cinco e Figueiredo por seis. Sarney foi eleito
para um mandato de quatro anos, mas conseguiu mais um ano. FHC governou quatro anos e obteve a reeleição. Agora alguns parlamentares falam em terceiro mandato e outros no fim da reeleição com a extensão do mandato presidencial para cinco ou seis anos. Em suma, uma confusão infernal e um desrespeito flagrante aos cidadãos e às instituições. Nossos “homens públicos” pensam apenas em seus interesses imediatos e mesquinhos. Alteram as regras do jogo para criar moeda de troca com o propósito de barganhar cargos e benesses. Depois não entendem por que são tão malvistos pela sociedade. Aliás, creio que entendem, mas não estão nem aí.
LEÃO MACHADO NETO
lneto@uol.com.br
São Paulo
Em sua aguda percepção do que se esconde por trás dos pronunciamentos políticos, Dora Kramer nos traz um bom motivo de preocupação com os perigos que rondam nossa frágil democracia.Temos ali caracterizada a figura outrora respeitável de Michel Temer, hoje renegando seu passado e cada vez mais distante de democrata convicto, ao propor, como presidente do maior partido aliado ao Planalto, um casuísmo revoltante, mascarado de legitimidade constitucional, para proporcionar mais um mandato ao personagem que está presidente! Creio que é a repetição cada vez mais freqüente de práticas neonazistas - que o digam os que já leram o Mein Kampf e perceberam a clareza gritante de suas más intenções!
CARLOS CELSO DO AMARAL
carcelso@gmail.com
São Paulo
PAC
Papai e mamãe do PAC acabaram se entregando. Agora sabemos que o PAC significa Plano de Aceleração da Campanha! Os srs.
mamãe e papai do PAC não têm serviço em Brasília?
MAURICIO VILLELA
mauricio@dialdata.com.br
São Paulo
O Planalto impede a ida da ministra Dilma ao Senado, pois ela
pode chegar como “mãe” do PAC e sair como “madrasta”.
PAULO SOUZA CAVALCANTI
Ribeirão Preto
Reajustes
O presidente Lula, irritantemente, está pressionando os aliados para evitar que o reajuste dos aposentados seja aprovado na Câmara.A justificativa, injustificável,
é o rombo... de quê? Dos cartões corporativos? Inacreditável!
JOSÉ MARIA WANDERLEY
jm.wanderley@uol.com.br
São Paulo
Liberdade de expressão
O leitor sr. Gregório Banar (Militares x governo, 21/4), ao discordar da opinião do general Augusto Heleno sobre a demarcação da reserva indígena em Roraima, faz uma tremenda confusão, talvez propositalmente, entre “ditar o que o governo deve ou não fazer” e liberdade de livre manifestação, esta, sim, preconizada pelo regime democrático em que estamos vivendo, apesar do patrulhamento ideológico ainda reinante no seio do Executivo federal. A propósito, é de estranhar que
o sr. Gregório tenha poupado de críticas o desordeiro e subversivo MST e seu chefe intelectual.
JOSÉ SILVA
js_souza51@yahoo.com.br
Cajamar
Garrincha e alunos
O articulista Gaudêncio Torquato foi preciso e corajoso ao apontar, em seu artigo de domingo (A2), a índole do brasileiro como a raiz da crise educacional. O povo brasileiro, nas suas palavras, tem em sua alma grave incompatibilidade com o “arcaísmo do bê-á-bá”. Bingo! Basta ver o consumo de jornais, revistas e livros em nosso populoso país. Em muitos países europeus é comum observar as pessoas lendo em trens, metrôs, praças, filas, etc. Aqui é fato raro. Tocar nesse ponto nevrálgico da educação é um tabu no meio pedagógico, que insiste em destacar o professor como o principal (quando não único) culpado pela crise. Há segmentos do conhecimento humano que exigem, sim, o bê-á-bá. Não há saída. É sentar na cadeira e ralar. Nas escolas de primeira linha, em qualquer parte do mundo e mesmo no Brasil, é assim. O genial jogador Garrincha, ao ouvir de um técnico como fugir à marcação de seu adversário, retorquiu: “Já combinou com os russos?” De que adianta haver professores capacitados, se não há motivação no aluno, condição inerente a diversos fatores externos ao meio escolar?
Gostaria de fazer alguns esclarecimentos sobre a matéria ONU e Bird atacam modelo agrícola do Brasil e da região (17/4). O relatório mencionado na matéria não é do Banco Mundial nem expressa necessariamente a nossa opinião, como faz crer o título. Trata-se de uma avaliação coordenada pelo International Assessment of Agricultural Science and Technology for Development (IAASTD), grupo da ONU que conta com mais de 15 parceiros institucionais, um dos quais o Banco Mundial. Embora o banco tenha contribuído com dados e informações para os pesquisadores, da mesma forma que o fizeram os outros parceiros, o texto final não teve a participação direta do banco e reflete apenas a análise e as conclusões dos pesquisadores independentes. O Banco Mundial reconhece o papel da agricultura e do desenvolvimento agrário para a redução da pobreza no Brasil e também a grande contribuição que a agricultura moderna e científica brasileira faz para assegurar o abastecimento mundial de alimentos. O banco trabalha diretamente com o governo do Brasil e dos Estados eminiciativas de destaque internacional nessa área e estimula o engajamento da Embrapa com outros países. Nesse contexto, na visão do Banco Mundial a estratégia brasileira é acertada ao buscar dar sustentabilidade econômica, social e ambiental tanto à agricultura familiar quanto ao agronegócio, buscando reduzir as diferenças entre eles. O modelo é de grande relevância também para outros países, que podem aprender com a experiência de acertos e desafios do Brasil. Na questão do etanol, também mencionada na matéria, a posição do Banco Mundial é clara e foi ressaltada recentemente pelo presidente Robert Zoellick. Ele enfatizou que a experiência brasileira é fundamentalmente diferente de outras, especialmente nos países desenvolvidos. O banco não considera a cultura da cana um fator de pressão quer sobre a produção de alimentos no Brasil ou sobre biomas sensíveis.
JOHN BRISCOE, diretor do Banco Mundial para o Brasil
Mazeredo@worldbank.org
Brasília
A MAIOR VERGONHA DO POVO BRASILEIRO É TER CONFIADO NO PT DE LULA, HOJE ROUBANDO PUBLICAMENTE ATRAVÉS DOS CARTÕES CORPORATIVOS. QUEM NÃO ACREDITAR NESTAS MINHAS PALAVRAS ACESSE, POR FAVOR, O SITE: http://www.youtube.com/watch?v=kRiRKKO8HvU