(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento.
Exportação de arroz
O “insumo” mais eficiente para aumentar a produção de um produto é o preço, qualquer “capiau” sabe disso, menos os que fazem parte do governo. E estão de parabéns: barram a exportação de arroz e a conseqüentemente boa remuneração do produtor, garantindo que no próximo ano não teremos o que exportar. Genial!
ARNALDO BELLUCCI
arnaldobellucci@hotmail.com
Cascavel (PR)
Desmatamento
Senadores querem o fim da operação antidesmate; Pressionado
por lobby de madeireiros, grupo diz que ação causa desemprego (25/4, A21). E aí, cambada de lesa-pátria, coibir o tráfico de drogas também causa desemprego. Vão liberar?
MARCOS PALINKAS
palinkas@estadao.com.br
São Bernardo do Campo
Roraima
Interessante a carta do professor Dalmo de Abreu Dallari (25/4). Ele estando correto, devemos providenciar a entrega do Brasil todo aos índios, pois eles estavam aqui antes dos portugueses, italianos, alemães, poloneses, japoneses, libaneses, coreanos, chineses, etc. Realmente, tudo começou com os portugueses, que logo chegando iludiram os índios e se autodecretaram donos do lugar, não é? Ironia à parte, e voltando o foco a Roraima, convém considerar que a Raposa Serra do Sol difere das demais reservas indígenas por simplesmente nela não haver floresta. Em sua maior parte é formada por savana de escassa vegetação, que até há algumas décadas não era ocupada por índios, dada a ausência de caça. Não se discute que convém criar reservas indígenas, porém não há justificativa de que cubram a região toda, o que afeta a segurança da Nação. Todos concordam que os que ali chegaram, irrigaram a terra e plantaram arroz invadiram propriedade da União. Mas não é a mesma União que incentiva a expansão das fronteiras agrícolas e ocupação de áreas sem uso? Não foi para isso que foi construída a Transamazônica, a Estrada Manaus-Boa Vista e parte da Perimetral Norte? E agora quem se instalou ali e passou a produzir alimento, dando um pouco de vigor econômico ao Estado, vira criminoso? Eta Brasil difícil de entender.
WILSON SCARPELLI
wiscar@estadao.com.br
São Paulo
Li a carta do professor emérito Dallari. Que beleza! Invadir propriedade da União é crime, todos sabemos, sim. Mas usar uma suposta invasão para justificar a outra, que fazem freqüentemente os baderneiros do MST com o apoio explícito dos atuais PeTelegos, é o cúmulo... Pois as constantes invasões em todo o Brasil promovidas pelo MST estão também sujeitas às providências do artigo 129, I e III da mesma Constituição citada pelo professor emérito. Por acaso o professor emérito já esteve em Roraima? E tomou conhecimento de que lá há extensas áreas onde a bandeira hasteada não é a brasileira, mas sim a de potência estrangeira? Sabe ele que por lá não podem circular brasileiros, e sim tão-somente estrangeiros? Tomou conhecimento de que até um general do Exército foi proibido de lá entrar? Ora, ora, sr. professor emérito, o que nós precisamos neste pobre país é de mais general Heleno!
ARISTEU TEIXEIRA DE MENDONÇA
atmendonca@gmail.com
São Paulo
A soberania e a liberdade dos povos são impossíveis sem exércitos adestrados e adequadamente equipados. Como nossas Forças Armadas estão quase aniquiladas, a quem interessa a homologação de reservas na faixa de fronteira, em cima dos nossos minerais de trilhões de dólares? À pirataria internacional! Defender reservas nessas áreas limítrofes não seria atentar contra a Pátria?
CARLOS ALBERTO AUGUSTO
carteirapreta@hotmail.com
São Paulo
Defeitos em rede elétrica
Rede elétrica tem 1 defeito a cada 500 m (25/4, C1). Fico assustado com a quantidades de “técnicos” que dão palpites sobre ocorrências nos sistemas elétricos. Sabem tanto que começam com erros até nas unidades do sistema. Por exemplo: corrente de 13.800 volts? Saibam que unidade de corrente é o ampère, volt é unidade de tensão! No meu tempo, fazíamos manutenção corretiva e preventiva. Esta era programada e a outra, conseqüente de acidente. Confirmo: tenho visto que a situação da manutenção está precária. Nós empregamos vários elementos novos, como cabos isolados com compostos termoplásticos (PVC) e termofixos (XLPE), pré-reunidos no sistema aéreo, e neoprene, borracha butílica e EPR em sistemas subterrâneos. Outra observação é a questão da vida útil: componentes de sistemas elétricos não têm vida útil assegurada, como mercadorias de supermercado. Façam uma análise sobre os cabos, transformadores, etc., do sistema subterrâneo no centro da cidade e garanto que encontrarão cabos isolados com papel impregnado de óleo - cuja vida se estende a dezenas de anos - quase centenários, em operação. Fizemos testes em cabos e transformadores com 50 anos e comprovamos estarem perfeitos para continuar em serviço. O assunto não se presta a declarações sem fundamento e, no meu conceito, quem critica um problema dos outros deve saber solucioná-lo. Outro problema: a foto da página C3 ilustra bem o vandalismo a que são sujeitas as instalações elétricas. Pergunto: quem jogou o casaco sobre o transformador? Quem joga tênis (sapato) sobre as linhas? Quem corta os fios elétricos com linhas de pipas usando cerol? Não chegam as próprias pipas enroscadas para dar curto-circuito! E as árvores sem podas que evitem a queda dos galhos. Finalmente, isso não é assunto para essa gente ficar “chutando” sem saber se é bola ou melancia... (Ocupam, mesmo, posições de destaque.) Aos consumidores sugiro que reclamem, se possível, explicando o fato, pois uma reclamação bem-feita abrevia o atendimento. Pelo menos tenho a tranqüilidade de dizer que trabalhamos com esse espírito.
CLAUDIO GILLET SOARES,
engenheiro eletricista
cgillets@uol.com.br
São Paulo
Esclarecedora e oportuna a matéria sobre a falida e sucatada Eletropaulo Metropolitana S.A, mais conhecida como AES Eletropaulo. Entre seus milhares de clientes, sou um dos desafortunados repletos de problemas diários na rede elétrica da minha região, o bairro de Paraisópolis. Além da sobrecarga observada quando as luzes ficam apagando e acendendo, causando prejuízos aos eletrodomésticos ligados, a falta de energia, que dura de quatro a oito horas, é quase diária. Para aumentar meu tormento, a última fatura, referente ao mês de abril, com débito automático em minha conta corrente, não chegou nem a desorganizada empresa sabe o que está acontecendo. Simplesmente não consto mais como cliente em seus cadastros. Perdi a conta dos dias que fico ligando para o infernal 0800-72-72-120 para solicitar segunda via, mas só escuto gravações e músicas horas a fio, sem resultado. Tento na madrugada, mas o telefone está desligado. No site da empresa, nos pedidos de segunda via, aparece que “não há faturas pendentes”. Como, se não paguei a com vencimento em 19/4? Lendo a reportagem cheguei à conclusão de que a Eletropaulo está falida, de fato. A uma empresa cujo cliente quer pagar sua dívida e ela não quer receber, a única saída é passar a massa falida para quem tenha mais competência para gerenciá-la, ou fechar as portas de vez!
ROBERTO STAVALE
bobstal@dglnet.com.br
São Paulo
Prefeito de São Paulo
Fui síndico do meu prédio muitos anos e usei bastante o meu conhecimento de engenharia para resolver problemas comuns, como de elevadores, reformas, iluminação, entupimentos e segurança. Na minha avaliação, outros síndicos muito esforçados nem sempre conseguiram um bom desempenho por acharem que tudo se resolve contratando uma boa firma ou um bom especialista. E, assim, celebram inúmeros contratos que encarecem o condomínio e nem sempre resolvem o problema: afinal, quem não conhece o objeto do contrato com profundidade não sabe contratar e não sabe fiscalizar - e acaba sendo enrolado mesmo. Guardadas as devidas proporções, nossa Prefeitura segue a mesma filosofia. Não adianta colocar prefeito que só sabe pôr torneira em favela ou dizer que na sua gestão ninguém rouba. Prefeito, além de ser bom político e pessoa honesta, precisa ser profissional competente no ramo!
LUIZ ANTÔNIO DA SILVA
lastucchi@yahoo.com.br
São Paulo
