(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento.
Samba do crioulo doido
Difícil entender a política e os políticos. O PMDB faz acordo com o terceiro colocado nas pesquisas, o sr. Gilberto Kassab. Este, um prefeito de atitudes modernas, juntou trapinhos com o sr. Quércia, que representa tudo de mais retrógrado na política do País.
Dizem que os srs. José Serra e FHC - sem dúvida, duas pessoas inteligentes - incentivaram o acordo, acreditando na promessa de Quércia de que o PMDB apoiaria Serra para a Presidência em 2010. Nesse toma-lá-dá-cá constaria o apoio do DEM à candidatura ao Senado do sr. Quércia, eliminando da contenda um homem honrado, o sr. Afif Domingos, que por muito pouco não derrotou o sr. Suplicy. Leio, no entanto, no Estadão (28/4) que não está tudo tão certinho assim: o presidente do PMDB, sr. Michel Temer, afirma que o partido quase caiu nos loiros braços da sra. Marta, teria sido surpresa para ele o apoio a Kassab, não influiria nas decisões do diretório regional, mas... a tese da candidatura própria do PMDB em 2010 está cada vez mais consolidada. O subtexto (para usar linguagem de teatro) é este: o PMDB não vai honrar a promessa de Quércia a Serra. Enganados, portanto, os dois homens inteligentes: Serra e FHC. Neste samba do crioulo doido dançou de verde-e-amarelo, além de Afif, o sr. Alckmin, o mais bem colocado nas pesquisas para derrotar a sra. Martaxa relaxa e goza. E agora? Estou pensando seriamente em pedir a nacionalidade venezuelana e ir fazer oposição a Chávez. Pelo menos pode ser mais emocionante.
REGINA HELENA DE PAIVA RAMOS
reginahpaiva@uol.com.br
São Paulo
Li várias cartas de fãs ardorosos de Geraldo Alckmin neste Fórum (27/4) criticando duramente o governador José Serra por sua suposta participação no acordo PMDB-DEM. Discordo frontalmente, pois mais uma vez o Geraldo, de forma arrogante e prepotente, tenta passar por cima de tudo e de todos, para se candidatar a prefeito, como já havia feito em 2006, na eleição presidencial, atropelando exatamente Serra. Demonstrando não ter aprendido nada com a surra que levou, vem ele de novo tentar desagregar o PSDB. Certamente a intenção dele é, se vencer, ficar dois anos na Prefeitura, com visibilidade, para depois dar lugar ao seu vice e se candidatar ao governo do Estado. Será que os paulistanos vão aceitar novamente essa manobra? Pelos resultados das últimas pesquisas, em que a sra. Marta aparece bem à frente, parece que não.
MAURÍCIO LIMA
mapeli@uol.com.br
São Paulo
Para lembrança, repita-se ao prefeito Kassab: “Dize-me com quem andas, dir-te-ei quem és...”
OLIVAL OLIVEIRA DOS SANTOS
São Paulo
Lula-CNT/Sensus
Somente agora, analisando a pesquisa CNT/Sensus, passei a entender a força e a verdade da frase “vox populi, vox Dei”.
MARCELO HOLTZ
marcelo.holtz@terra.com.br
Avaré
Os inícios de obras governamentais, tratadas nos gabinetes, sempre foram inaugurados por um pequeno número de pessoas, normalmente autoridades locais. Os verdadeiros comícios de Lula, em que o povo é convocado e muito dinheiro é gasto, para proclamar as do PAC talvez também tenham contribuído para sua aprovação de quase 70%. Entretanto, em plena ditadura militar, quando a economia também ia muito bem, o general Médici foi aprovado por 80% do povo brasileiro. Só mais tarde a História mostrou o que acontecia por trás de seu governo.
ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO
marcar@laser.com.br
Botucatu
Pelo perfil do presidente da CNT descrito em matéria do Estado
de 21/6/2005 (A12) - em que é acusado, juntamente com Marcos Valério, de ação fraudulenta em empréstimo bancário -, não acredito na veracidade das pesquisas publicadas pela CNT/Sensus.
ORIVALDO TENORIO DE VASCONCELOS
prof.tenorio@uol.com.br
Monte Alto
Terceiro mandato
Absurda a pesquisa. Se fosse qualquer outro grupo no poder, o Bolsa-Família e seus derivativos, que também compram votos, seriam banidos na proposta inicial, como golpe contra as massas. Hoje a sociedade aceita na boa e ninguém liga para quem ou como se paga. E o dólar baixo não tem nenhuma culpa nos preços e no aumento do poder aquisitivo.
UBIRATÃ CALDEIRA
ucaldeira@uol.com.br
São Bernardo do Campo
Já cansou esse assunto de terceiro mandato, o tema se esgotou, mas parece que presidente Lula gosta do tema e volta sempre a ele, mesmo que para negar sua intenção de mudar as regras no meio do jogo. Chega, esse tem de ser assunto do passado, ou melhor, nem deveria ter vindo à tona.
ANTONIO DE ALMEIDA PRADO
aalmeidaprado@ig.com.br
Orlândia
Alguém (quem?) deveria abrir os olhos diante de fatos e informações que estão ocorrendo e que em épocas passadas foram igualmente usados, alterando padrões considerados democráticos para regimes radicais, fazendo homens livres se tornarem “cidadãos do Estado”. Ao ler que boa parte dos brasileiros é favorável a um terceiro mandato; que o governo, via BNDES, pretende criar uma superempresa de medicamentos, que jovens receberão prêmios por resultados escolares, que universidades são instaladas para o desenvolvimento de doutrinas partidárias, que as informações sobre realizações governamentais são publicadas e valorizadas sem que se possa conferir a veracidade delas, onde se incluem as pesquisas de opinião pública, tudo isso leva a pensar se não estaríamos sendo engessados e sujeitos a uma volta a regimes políticos que conseguimos eliminar com muita luta. Quem deveria ver?
ALBERTO CARUSO
albertocaruso@uol.com.br
São Paulo
‘O esvaziamento do MST’
Esta a cara da jagunçada do MST: basta uma “esmola” e os “sem-terra” desaparecem, pois o que menos se procura é terra para trabalhar. Sobram os jagunços mesmo!
ARIOVALDO BATISTA
arioba06@hotmail.com
São Bernardo do Campo
Trem-bala
O Brasil finalmente vai andar mais rápido. Este empreendimento é comparável às grandiosas obras feitas no País, como Itaipu. Nosso país passará a outro patamar. Entretanto, cabe uma retificação ao comentário feito pela ministra Marta Suplicy (26/4, C1). O prazo, como publicado, está no limite, mas não há como cobrar rapidez de construtoras e outros fornecedores - de trens, sinalização, etc. -, por enquanto. A bola ainda está com o governo federal e só a partir de outubro, como noticiado, é que será possível cobrar agilidade das empresas, depois de feita a licitação. O prazo é certamente bastante desafiador e todos, governo e fornecedores, terão de atuar em sintonia e mostrar que o Brasil já está começando a andar mais rápido.
MIHAI DEMETRESCU
mihai.demetrescu@estadao.com.br
Boulogne (França)
Ação civil pública
Em relação ao editorial Avança a reforma processual (25/4, A3), que trata das mudanças no âmbito do processo civil, é preciso notar que o Ministério Público (MP) não é o único detentor da titularidade da ação civil pública; as associações civis formadas há mais de um ano e a Defensoria Pública também podem ingressar com a ação civil pública. Mais importante é o fato de que atualmente a pessoa física não é excluída da participação nas ações civis públicas, uma vez que pode noticiar um fato à Promotoria de Justiça, instaurando-se inquérito civil para apurá-lo. Esta participação, mesmo que indireta, é salutar ao exercício da cidadania e temo que, ao se franquear a titularidade da ação civil pública à pessoa física, este remédio processual tão caro à democracia possa enfrentar um desgaste perante o Judiciário ao ser utilizado indiscriminadamente, por vezes até por picuinhas políticas, a exemplo do que ocorre em algumas ações populares que são abandonadas por seus autores após algum tempo. O MP e as associações civis exercem um sistema de freios e contrapesos para que a ação civil não seja objeto de disputas políticas e falsas premissas. Milhares de representações de cidadãos são feitas ao MP e são atendidas
e analisadas com rigor.
PATRICIA AUDE
pataude@uol.com.br
São Paulo
A MAIOR VERGONHA DO POVO BRASILEIRO É TER CONFIADO NO PT DE LULA, HOJE ROUBANDO PUBLICAMENTE ATRAVÉS DOS CARTÕES CORPORATIVOS. QUEM NÃO ACREDITAR NESTAS MINHAS PALAVRAS ACESSE, POR FAVOR, O SITE: http://www.youtube.com/watch?v=kRiRKKO8HvU
