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Cartas-->CARTAS DOS LEITORES (28.maio.2008) -- 28/05/2008 - 09:39 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cartas

(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento).

Impostos
Ontem, 27 de maio, foi comemorado o triste dia da Liberdade de Impostos. Foram 5 meses e 27 dias de trabalho para alimentar o insaciável poder público. Uma das maiores cargas tributárias do mundo, que tem crescido a cada ano e já se aproxima de 40% do PIB. Mesmo assim, o governo e o Congresso tentam criar mais impostos, sacrificando ainda mais uma população pobre e oprimida.
CLÁUDIO FROES PEÑA
cpena@plugin.com.br
Porto Alegre

A ‘nova’ CPMF
Alguns parlamentares, na óbvia tentativa de tapar o sol com a peneira, estão providenciando uma série da ações para tentar passar à opinião pública a falsa impressão de que são verdadeiros heróis por estarem recriando um imposto nos moldes da CPMF, com o propósito de salvar a saúde do Brasil. Ora, a CPMF, quando foi criada, em 1996, por inspiração do ex-ministro Adib Jatene, também tinha o propósito de salvar a saúde no Brasil. Mas, quando entrou em vigor, imediatamente passaram a tirar um naco do dinheiro arrecadado, desviando-o para outras finalidades. Alguém duvida que com esse novo imposto a história será a mesma?
JÚLIO FERREIRA
julioferreira.net@gmail.com
Recife

Uma sugestão ao exmo. sr. presidente da República: em vez de ressuscitar a detestável e defunta CPMF, por que não retirar 0,08% das verbas de representação dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e aplicá-lo integralmente na saúde e na educação? Espero que a resposta não seja: “No nosso ninguém mexe.”
AFONSO CIRINO
sergio_cirino@hotmail.com
Vargem

Pergunta indiscreta
“Se alguém souber de um produto que caiu de preço porque os empresários tiraram do preço os 0,38% me avise”, disse Lula.
E nós dizemos: se alguém souber aonde foi parar o dinheirão arrecadado com a CPMF todos esses anos, nos avise, porque sabemos que na saúde é que não foi...
MARINA R. BLANCO
mmalufi@terra.com.br
Olímpia

A respeito da afirmação do nosso presidente, gostaria de saber por que ele não disse que com o fim da CPMF foi aumentada a alíquota do IOF e que tal imposto começou a ser cobrado em transações em que antes não era, como compras com cartão de crédito em território nacional. Ou será que ele esqueceu? Merece, sim, um prêmio o empresário que conseguir reduzir o preço do produto, enquanto continua a pagar a CPMF, só que camuflada em IOF. Parece até um vírus de computador que vem dentro de arquivos aparentemente inofensivos...
PAULO MARCELO SOSA
pphoenixff8@yahoo.com.br
São Paulo

Herança
Dentre os malfeitos do governo petista, o último a ser destacado
é o rombo nas nossas contas externas. Esse governo ainda não acabou e suas intervenções malsucedidas já pipocam. Apenas uma amostra da sua herança... Mas não devemos temer o porvir, outras possibilidades surgirão e, certamente, haveremos de corrigir esse equívoco histórico!
NOEL GONÇALVES CERQUEIRA
noelcerqueira@terra.com.br
Guarujá

BNDES
Se existem instituições no Brasil que merecem a presunção de
inocência até prova em contrário, certamente o BNDES será uma delas. Durante seus mais de 55 anos, sob variados regimes políticos democráticos e autoritários, civis e militares, o BNDES construiu uma reputação de competência, honestidade e patriotismo que não pode ser levianamente maculada. É por isso que me surpreenderam as afirmações constantes do editorial O ‘esquema BNDES’ (27/5, A3), que denuncia a “infiltração de traficantes de influência no segundo maior banco de investimentos do mundo”. Há apenas uma ilação, em forma de pergunta: por que prefeituras pagariam uma “comissão ou taxa
de sucesso de 1,95% sobre o valor liberado”? Há várias respostas para isso que não implicam cumplicidade no BNDES. Uma é a ignorância das prefeituras, influenciadas por notícias de que no Brasil todo mundo é corrupto; outra é que dentro das prefeituras há quem participe dessas comissões.
ANDRÉ FRANCO MONTORO FILHO,
ex-presidente do BNDES
São Paulo

Correção
Sobre a matéria Com fervor e autonomia (Aliás, 25/5), gostaria de ressaltar que não são cerca de 70% dos jovens de nossa pesquisa sobre jovens, religião e sexualidade que fazem sexo contra a vontade, sob violência. O dado é que 5% de 176 jovens selecionados por lideranças religiosas jovens nas comunidades estudadas responderam no questionário que fizeram sexo contra a vontade. Também nos 176 questionários encontramos 5 casos de jovens que iniciaram a vida sexual em situação que poderia ser descrita como de abuso. No conjunto dos respondentes ao questionário, “5% contra a vontade e 3% sob violência” seriam os dados corretos.
VERA PAIVA,
professora do Instituto de Psicologia da USP e coordenadora do Núcleo de Estudos para a Prevenção da Aids
São Paulo

Boom de casas rachadas
Leitora e assinante, não posso deixar de ressaltar a importância
das matérias sobre a “insustentabilidade” da cidade de São Paulo. Mais uma vez deparamos com o tema das rachaduras e os cuidados que devem ser adotados em relação ao lençol freático da área metropolitana. No início do ano o Estadão publicou a matéria SP proíbe construtores de bombear água do solo, fruto de ação civil pública do Ministério Público Federal, baseada em estudos de importante instituto público de pesquisa de São Paulo (IPT). Na matéria de domingo vimos, estarrecidos, as manifestações dos órgãos da nossa Prefeitura: a Sehab, “infelizmente, não sabe responder sobre isso” e a Emurb, apesar da retórica, tem conduzido ações na cidade, a exemplo das operações urbanas consorciadas (Água Branca em andamento e Leopoldina-Jaguaré com projeto de lei pronto para ser encaminhado à Câmara Municipal) sem preocupação mais destacada com as questões do subsolo dos bairros onde tais operações serão implementadas (parte deles na várzea do Rio Pinheiros). As propostas de adensamento e a possibilidade de construção de garagens subterrâneas não apresentam, salvo equívoco, documento técnico efetivo que impeça a reprodução dessa realidade lamentável para os moradores da cidade. Além da questão da saturação viária... Bem, conscientes da situação, cabe perguntar: por que o poder público não solicita estudos, “para saber o que ocorre sob nossos pés”, aos institutos públicos de pesquisa, como o IPT e o Instituto Geológico? Ao que eu saiba, estudos desse tipo já foram feitos no passado pelo IPT (as chamadas cartas geotécnicas). Por que não prevenir essas catástrofes, com o apoio da ciência e tecnologia, em vez de acionar os institutos depois do fato consumado? Está mais que na hora de se construir uma agenda urbana capaz de articular a regulação estatal e não-estatal no território da cidade de São Paulo. A população não pode mais ficar à mercê exclusivamente do mercado imobiliário.
ROS MARI ZENHA,
geógrafa e pesquisadora, membro do Movimento de Oposição à Verticalização Caótica e pela Preservação do Patrimônio da Lapa e Região
rosmari.zenha@gmail.com
São Paulo

Candidatura Alckmin
Em resposta ao artigo Partidos e homens partidos (24/5, A2), é preciso esclarecer que o ex-governador Geraldo Alckmin não é candidato de si próprio, já que o presidente do partido realizou ampla consulta às lideranças e às bases partidárias do PSDB. O sentimento majoritário pela candidatura própria fez Alckmin ser escolhido candidato a prefeito.
BRUNO COVAS,
deputado estadual (PSDB)
brunocovas@uol.com.br
São Paulo

Esclarecido...
Em esclarecimento à carta Propaganda camuflada, da leitora sra. Cléa M. G. Corrêa (21/5), a assessoria do Ministério do Turismo admitiu (24/5) ter a Diretoria de Marketing da pasta promovido ação de telemarketing para telefones residenciais de São Paulo,
Rio e DF, de 16 a 21/5, para promover o programa Viaja Mais
Melhor Idade, ressaltando, porém, que as mensagens não citam
o nome da ministra... Ah, bom!
WILFRIDO J. ALBUQUERQUE VERONESE
wnese@bol.com.br
Brotas

FÓRUM DOS LEITORES

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