(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento).
Novo golpe do Congresso
Mais uma vez a classe política trai a confiança da população brasileira! Entre muitas outras inutilidades desse Parlamento que está vagando por aí, agora querem ressuscitar 7.500 vagas de vereadores! A Câmara dos Deputados já deu o seu aval, aprovando o projeto! E os números da votação - 359 votos a favor e apenas 10 contra (29/5, A13) - demonstram o baixo espírito público dos que compõem a Casa! Se o Senado der guarida a essa excrescência política, será sugado do erário mais de R$ 1 bilhão por ano para acomodar os novos edis, assessores e outros! Com essa verba daria para construir 40 hospitais com 200 leitos cada, ou 1.500 creches para abrigar 600 mil crianças - por ano! Quem autorizou a esses pseudo-homens públicos tal orgia eleitoral? Realmente, estamos no fundo do poço institucional! Temos um presidente que afaga corruptos e uma oposição com rabo preso por tudo de ruim que ronda os escambos políticos! Só nos resta poder reverberar a nossa indignação na nossa incansável imprensa e torcer para que o STF continue na sua trincheira em defesa do povo. Porque, a depender do Executivo e do Legislativo deste país, vamos ficar órfãos de nossas instituições!
PAULO PANOSSIAN
paulopanossian@hotmail.com
Santos
Taxa de marinha
Para recriar a “nova” CPMF os nossos parlamentares são super-rápidos. Por que não usar essa rapidez para eliminar esse absurdo cobrado dos nossos imóveis em todo o litoral brasileiro - a taxa de ocupação (2% anuais) e o laudêmio (5% na venda) -, que foi criado em 1831 por dom Pedro II e existe até hoje?! Com aumentos abusivos de mais de 1.000%, estamos pagando “aluguel” à União pelas nossas propriedades legalmente compradas e escrituradas, e sem retorno algum. Centenas de pessoas estão depositando em juízo e as que não podem e não pagam correm o risco de ter os seus imóveis “tomados” pela União. Vamos acordar, srs. parlamentares, e reparar essa injustiça com o povo brasileiro, que já dura quase 180 anos, votando pela eliminação dessa taxa.
SERGIO SCALISSE
sscalisse@terra.com.br
Jacareí
Tribo isolada
A descoberta de uma tribo isolada no Acre, cujas fotos a Funai divulgou, é uma ótima notícia. Espera-se, porém, que ninguém tenha a péssima idéia de “aculturá-los”, pois aí teremos mais índios usando relógios de grife, pilotando luxuosas caminhonetes, bloqueando estradas e ferrovias e fazendo toda sorte de “negócios” com garimpeiros e madeireiras. A cultura dos nossos índios deve ser preservada, deixando-os isolados em seu meio ambiente, evitando-se o pernicioso contado com a “civilização”.
LUIZ ANTONIO ALVES DE SOUZA
zam@uol.com.br
São Paulo
Brasileiro bonzinho
Entendo que índios das tribos isoladas na fronteira do Acre com
o Peru sejam legítimos inimputáveis, necessitam de proteção oficial e reservas extensas o suficiente para que preservem seu modo de vida, e sem contato com o homem branco. Já aqueles outros que usam facão, bicicleta, motosserra, moto e caminhonete, falam português fluente e assistem à novela na TV são apenas cidadãos brasileiros com direitos e deveres como qualquer um de nós. Nem mais, nem menos. Pensar diferente é mais uma forma esperta de racismo, de vez que a única distinção dos demais brasileiros estará escorada na etnia. É preciso muito cuidado com essa onda de reparações e mais reparações. Do jeito que a coisa vai, a qualquer momento nosso benemerente governo, agora nadando em petróleo e com pose de novo-rico, poderá anunciar orgulhosamente que vai entregar Itaipu de porteira fechada como reparação por o Brasil ter vencido a Guerra do Paraguai...
ANTONIO C. DA MATTA RIBEIRO
antoniodamatta@ig.com.br
São Paulo
Acordo antiarmamento
A Assembléia Constituinte democrática de 1988, da qual participei, expressou por meio dos princípios regentes das relações internacionais (artigo 4.º da Constituição) os mais generosos compromissos internacionalistas: a prevalência dos direitos humanos, a defesa da paz, a solução pacífica dos conflitos, etc. Assim, é inadmissível que o governo brasileiro não participe do tratado definido na Irlanda, com a participação de mais de cem países,
para eliminação das bombas de dispersão (cluster bombs) - tipo de armamento cujos efeitos são devastadores para todas as formas de vida dos locais atingidos. Mais grave ainda, porém, é que essa omissão seja justificada sob o argumento de que as bombas são “importantes para a defesa nacional”. Ora, como pôde o Itamaraty ignorar a sua própria tradição pacifista e, principalmente, alguns dos princípios fundamentais da Constituição Federal?
EDUARDO JORGE MARTINS ALVES SOBRINHO,
secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente
São Paulo
Subsolo paulistano
Muito oportuno o editorial Subsolo desconhecido (28/5, A3). Os fatos ocorridos (derrubada e afundamento de dezenas de casas) há mais de 30 anos, quando da execução das obras para implantação da Avenida dos Bandeirantes, não serviu de exemplo e motivação para que a Prefeitura iniciasse o processo de conhecimento do subsolo de nossa cidade e regulamentasse sua utilização. O alerta é óbvio, mas não desnecessário para as sonsas cabeças que não aprendem com os fatos.
PEDRO ERNESTO PY,
membro titular da Câmara Técnica de Legislação Urbanística - Sempla/PMSP
pedro_py@uol.com.br
São Paulo
Com relação ao editorial de 28/5, quero registrar que a desordem urbanística da superfície da cidade de São Paulo, para não falar na aérea, pode ter sido causada, também, pelo desprezo das empresas concessionárias, que, ao serem privatizadas, relegaram a um segundo plano o rico acervo técnico já existente. Na época da Light/Eletropaulo existiam plantas e cadastros da área central da cidade considerados de alto nível para o período. Observava-se um sincronismo de ações entre as empresas com relação ao subsolo e ao mapeamento elétrico de toda a região e suas interferências de causa e efeito. Não sou contra a privatização, mas a forma como ela foi conduzida e digerida acabou levando às situações atuais, que foram expostas no editorial. Perdeu-se muito da essência e
do profissionalismo na manipulação da coisa pública em prol da ganância por poder, em vez de aproveitá-los e incrementá-los com base nas novas tecnologias, hoje fartamente disponíveis.
LUIS ANTONIO ANTUNES
luisan@uol.com.br
São Paulo
Esclarecimento
Diferentemente do que sugere o título da reportagem Coronel deixa cargo após falso acidente em Congonhas (29/5), o coronel Jair Paca Lima e sua equipe não tiveram envolvimento com a disseminação de informação errada sobre incêndio ocorrido em prédio de Moema. Ele se desligou do cargo de coordenador da Defesa Civil por motivos pessoais. Seu trabalho na Defesa Civil e, antes, no Corpo de Bombeiros é motivo de orgulho para a cidade de São Paulo e todos os seus companheiros.
LEÃO SERVA
lserva@prefeitura.sp.gov.br
São Paulo
Itanhaém seria exemplo
Ainda sobre o polêmico problema da escola pública, contestamos
a afirmação da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Educação de que as prefeituras não são responsáveis pela merenda escolar, pelo transporte de estudantes e pela manutenção das escolas, mas sim o governo do Estado (24/5). Ela se esquece de que o repasse de tais verbas, muitas vezes risíveis, obriga as prefeituras a porem a mão no bolso, complementando os recursos. Aqui, em Itanhaém, por exemplo, onde participei de duas administrações, a prefeitura, como ocorre até hoje, põe dinheiro do bolso (e muito) para tais itens. Um antigo prefeito, já falecido, costumava dizer que o Estado pagava o pãozinho e a prefeitura dava a sopa, o macarrão e a sobremesa. A preocupação em cidades menores é que a merenda, na maioria das vezes, é a principal, se não a única refeição decente da criançada. A teoria, na prática, é outra.
ALMIR GARCIA
aladgr@msn.com
Itanhaém
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