(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento).
A chacina do Cimento
Não entendi a declaração do ministro da Justiça, Tarso Genro, de que o episódio envolvendo a cruel execução de três jovens do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, com a participação de militares do Exército, só comprova a visão do presidente Lula de que as Forças Armadas não estão aptas a desempenhar o trabalho de segurança pública. Ora! Tempos atrás o mesmo presidente insistia em disponibilizar a ajuda do Exército no combate à criminalidade no Rio de Janeiro. Será que nessa época a visão de Lula estava com problema de catarata ou miopia? Estamos cansados de tanta balela, depois deste triste episódio nenhum governante quer assumir a paternidade do embrião. E pior ainda é negarem que os militares estavam exercendo a função de segurança e apenas protegiam os trabalhadores do tal projeto Cimento Social. O cimento dessa vergonhosa obra politiqueira só serviu para emboçar e fechar as três covas onde os jovens foram enterrados. Acorde, Lula!
DEBORAH FARAH
deborafarah@uol.com.br
Rio de Janeiro
Foi, sim, o presidente Lula que proporcionou, com seu apoio explícito ao senador Marcelo Crivella, meter o Exército, como empreiteiro logístico, numa armadilha, ao amparar o estranho e politiqueiro convênio chamado Cimento Social, cujo desfecho trágico era o mais previsível possível...
JORGE SCHWEITZER
jorschweitzer@hotmail.com
Rio de Janeiro
Uso eleitoral
A morte de três jovens do Morro da Providência, com idades de 17, 19 e 24 anos, entregues por militares do Exército aos traficantes do Morro da Mineira, de facção rival, trouxe à tona o uso eleitoral do projeto Cimento Social. Tal projeto, que tem a “paternidade” do senador e candidato a prefeito da cidade do Rio de Janeiro Marcelo Crivella, será alvo de questionamentos dos envolvidos na disputa e da sociedade civil, que querem saber se o papel constitucional das Forças Armadas foi violado, com a ocupação do morro com 200 homens. Há denúncias, que precisam ser apuradas, de que o critério para a escolha das 780 casas beneficiadas no projeto seriam a melhor localização e que seus proprietários fossem ligados à igreja do bispo Crivella. Que as autoridades apurem responsabilidades e, principalmente, que o Ministério Público Eleitoral e os juízes eleitorais apurem o possível benefício que o candidato da Igreja Universal poderia obter com tal projeto. Minha solidariedade à família das vítimas.
FABIO TAVARES
amor01052001@yahoo.com.br
Rio de Janeiro
Mortes no Rio
A julgar pelas afirmações do editorial O que provam as mortes no Rio (18/6, A3), o sr. presidente da República não só sabia como autorizou e comandou, com fins eleitoreiros, a utilização das Forças Armadas para a execução de um trabalho que não lhes compete, expondo os militares a um contato longo e previsivelmente danoso para a moral e a disciplina militares. O resultado está aí para todos verem - e preverem. Cabe agora ao sr. presidente vir a público explicar seus motivos, suas finalidades e os princípios em que se baseou ao adotar tal decisão. Exponha-se, sr. presidente. O Brasil quer ouvi-lo.
GILBERTO DIB
gilberto@dib.com.br
São Paulo
Orgulho perdido
Quando criança, o que mais mexia com o meu patriotismo era assistir à parada militar do nosso glorioso Exército no dia 7 de setembro. Sentia-me orgulhoso pela disciplina e cadência de nossos soldados desfilando para o povo e incutindo nos jovens o amor ao Brasil. O que acontece hoje, passados muitos anos, é lamentar o ocorrido no Rio de Janeiro, quando soldados irmanados aos traficantes atuam contra o povo carioca. Apesar de tudo, não culpo os soldados, seus superiores e demais comandantes por esse episódio. Quando um presidente da Nação determina qualquer atribuição não compatível com a função, a responsabilidade é só dele, e de mais ninguém. Tudo o que vem ocorrendo em nosso país, tanto para o bem como para o mal (mensaleiros, aloprados e deputados vendidos), só tem um culpado: Lula. Agora, rezemos pelos jovens mortos, que talvez, como eu, se orgulhassem do seu Exército. Amém.
VIDAL DOS SANTOS
vidal.santos@yahoo.com.br
Guarujá
Quando ocorre um escândalo envolvendo o atual governo, logo em seguida é noticiada a descoberta de nova jazida de petróleo, e cada vez em águas mais profundas - a última, em águas profundíssimas, já está mais próxima da China que do Brasil... Se já não bastasse este fato, agora ainda o governo tenta desmoralizar a imagem do Exército brasileiro perante a Nação. Isto terá fim ou só terminará com o final deste governo?
FRANCISCO CUELLAS
bmplace@uol.com.br
São Paulo
Brasileiros exemplares
Quando acadêmico de Direito na gloriosa PUC de São Paulo, de 1964 a 1968, tive a honrosa oportunidade de participar intensamente da direção da Federação Universitária Paulista de Esportes (Fupe), exercendo a presidência da entidade em 1967/1968. A tanto fui incentivado e irrestritamente apoiado por nisseis, em especial Tohoru Honda, Issao Aoki, Nelson Hirata, Kazuo Sakakura, Newton Okada e Henrique Junji Osaka - este recentemente falecido, lamentavelmente. Ombreados, organizamos e atuamos em inúmeros campeonatos e jogos universitários, dos quais participou maciçamente a juventude brasileira saudável da época, destacando-se incontáveis atletas de ponta. Esses moços de origem oriental pautaram os seus atos pela honestidade plena, pela dignidade, perseverança, lealdade, amizade inabalável, disciplina, enfim, todas as virtudes de que o ser humano decente pode ser dotado. A eles, com quem muito aprendi pela estreita convivência na fase em que o jovem forja o seu caráter, a eterna gratidão, a imorredoura saudade daqueles bons tempos, parabenizando todos os “japoneses brasileiros”, descendentes daqueles destemidos que chegaram à nossa terra há cem anos.
Se o meu pai estivesse vivo, completaria ontem 100 anos de idade, pois nasceu exatamente no dia 18/6/1908, coincidentemente com a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil. Meu pai, o Pedro da Fazendinha, como era chamado, era administrador da Fazenda do Junqueira, na divisa de Carapicuíba com Cotia, e ali havia uma colônia de japoneses que se dedicavam a várias culturas. Uma grande amizade surgiu entre a nossa e a família Nita. Aprendemos muito com os japoneses, e também lhes ensinamos muitas coisas. Importante é que uma cordialidade e um bem comum sempre se cultivaram. Isso tudo nos anos de 1936 em diante. Meus irmãos e eu chegamos a estudar no Grupo Escolar do Moinho Velho, no km 27,5 da Raposo Tavares, onde fizemos o 5.º ano de admissão - escola da Cooperativa Agrícola de Cotia, fundada por japoneses. Rendo nesta data minhas sinceras homenagens à memória do meu querido pai e também ao povo japonês. Banzai, Japão! Banzai, Brasil!
ABEL B. GERALDO
abaage@gmail.com
São Bernardo do Campo
Honra ao mérito
As celebrações festivas, no Brasil, ao ensejo da passagem dos cem anos da chegada da primeira leva de imigrantes japoneses são meritórias e dignas de ser prestadas. Eles merecem nosso apreço, nossa admiração, nosso reconhecimento pelo que fizeram e fazem pela nossa Pátria. Vieram para trabalhar, para enriquecer a nossa cultura em qualquer ramo da administração, quer rural, quer industrial e universitário. Mesclaram-se com a nossa gente, criando uma nova estirpe (nissei), que também honra e mantém a mesma tradição dos primeiros imigrantes. Tem razão o leitor sr. Raul Cezar Goertner (18/6), e foi muito bem lembrado, quando diz que nunca se viu nenhum japonês os descendente numa invasão de terras ou infiltrados no MST, pois eles são respeitadores da propriedade privada e dos direitos dos cidadãos. O imigrante nipônico é por princípio honesto, trabalhador, respeitoso das nossas instituições e tem o Brasil como segunda pátria.
ANTONIO BRANDILEONE
abrandileone@uol.com.br
Assis
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