(estas cartas representam a opinião de várias pessoas espalhadas pelo país. Têm, portanto grande importância nas tendências políticas do momento).
Basta de corrupção!
Bem que alguém chamou, neste Fórum, o tal PAC de Programa de Aceleração da Corrupção! Nunca antes na história deste país... Aliás, o Exército deveria estar cumprindo sua função básica de proteger nossas fronteiras, e não policiar favelas. Duque de Caxias deve estar se revirando, esteja onde estiver. Para encerrar, cadê o nosso presidente? No exterior “a trabalho” ou dispensando o príncipe Naruhito para poder ver a selecinha do rançoso Dunga... Meu Deus, quantos horrores juntos!
RENATO AMARAL CAMARGO
natuscamargo@yahoo.com.br
São Paulo
Duas caras
Claramente, as melhorias no Morro da Providência visavam a favorecer a candidatura de Marcelo Crivella, do partido do vice-presidente da República, a prefeito do Rio de Janeiro, já que o seu nome estava estreitamente relacionado a essas obras. Inconcebível foi o governo federal ter posto o Exército brasileiro à disposição desse plano. Que país é este?
ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO
marcar@laser.com.br
Botucatu
Absurda a idéia do Ministério da Justiça de mandar a Força Nacional para o Morro da Providência! A não ser que a verdadeira intenção seja humilhar e acabar de vez com a reputação dos militares. Eles nunca deveriam ter ido lá. Deveriam estar é cuidando das nossas fronteiras, impedindo que certas ONGs suspeitas fiquem aliciando nossos índios, roubando as riquezas da nossa flora e fazendo prospecção de nosso solo.
CLÉA M. G. CORRÊA
cleacorrea@uol.com.br
São Paulo
Índios na Europa
O Planalto e os ministros das Relações Exteriores e da Justiça deveriam protestar energicamente contra a ida de dois indígenas de Roraima à Europa, onde serão recebidos oficialmente nos países daquele continente. Isso quer dizer ingerência nos assuntos internos do Brasil, que jamais cobrou dos colonizadores europeus o extermínio de milhares de índios nas Américas, nem a escravidão de povos africanos ou o estado em que se encontra a África após séculos de dominação feita por eles. Trata-se de medidas com as quais ampliaram seus domínios territoriais e seu poderio político. Muito menos se perguntou por que os europeus não conservaram as florestas que cobriam seus países, de que restam apenas 3%, nem se eles restituirão as terras que ocupam aos povos pré-romanos... É lamentável termos de passar por esta situação, pois a História sempre nos ensinou que as terras brasileiras pertencem igualmente a brancos, negros e índios, três etnias que compõem a nossa nacionalidade.
MARIA CECÍLIA NACLÉRIO HOMEM
mcecilianh@gmail.com
São Paulo
Antes de morrer, Orlando Villas Boas disse que não estava longe o dia em que ONGs estrangeiras fariam pressão para que a ONU desse aos índios o direito de ter suas terras desmembradas do Brasil. E a ONU não só acederia como daria aos EUA a tutela dessas terras. Na página A18 de 18/6 há a notícia de que índios, levados por ONGs estrangeiras à Europa, desembarcaram em Genebra para fazer lobby pela demarcação contínua das terras indígenas. Como o governo Lula já assinou um tratado que não deveria ter assinado, fica nas mãos do Supremo.
RENÉ RAUL ZAMBRANA BERMÚDEZ
raulzambrana@superig.com.br
São Paulo
Jejum obrigatório
É inadmissível o que o dr. Mantega exige de todos nós. Ele quer que consumamos menos, isto é, que façamos regime alimentar forçado, obrigatório, para que o índice da inflação se mantenha baixo, só que na mesa dele não hão de faltar bacalhau, truta, caviar... Só está faltando uma medida provisória para acabar de nos punir, proibindo que consumamos os gêneros de primeira necessidade, enquanto os cofres do governo federal se enchem cada vez mais, para gastar nas eleições. E para o aposentado acho que nem sequer uma banana.
O governo vem tratando de forma desigual o mesmo grupo de pessoas, no caso, os aposentados, visto que o índice do reajuste aplicado aos que percebem um salário mínimo é superior ao dado aos que recebem acima do salário mínimo. Portanto, trata-se de uma inconstitucionalidade, pois determina nossa Constituição federal que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Assim sendo, todos os aposentados têm o direito ao reajuste pelos mesmos porcentuais pagos aos que recebem um salário mínimo. O impacto sobre as contas públicas não é problema dos aposentados, e sim do governo, que paga com o dinheiro do INSS benefícios sociais, que devem ser pagos, é justo, mas não com as contribuições que os trabalhadores fizeram ao longo dos anos quando estavam na ativa.
ELFRIDA CSORDAS
elfrida@scordas.com.br
São Paulo
Em sua carta Reforma da Previdência (14/6), o leitor sr. José Etuley Barbosa Gonçalves confirma o que todo mundo sabe, menos alguns políticos que não querem ou fingem não saber: que o dinheiro da Previdência não tem dono - algo que não acontece com o dinheiro das aposentadorias públicas - e também que o governo é mau pagador. O governo (atual e anteriores) deste país não tem a menor preocupação moral em dar aposentadorias justas a quem trabalhou na iniciativa privada, pagou impostos e recolheu durante a sua vida útil. Curioso que não enxerga que esse dinheiro também alavanca a economia. E prefere agraciar seus currais eleitorais à custa de quem não dispõe da única arma que ele entende, a da greve. Quanto aos cálculos atuariais citados pelo sr. José Etuley, tenho uma dúvida de leigo. Vamos, por hipótese, raciocinar como se vivêssemos num regime de juros e correção zero - algo que existiu no Japão recente por um bom tempo. Num regime assim, se alguém contribuir durante 40 anos com 10% de seu salário para a aposentadoria, ao se aposentar ele terá acumulado dinheiro tão-somente para quatro anos de aposentadoria integral. Mais que isso terá de vir de outras fontes. No nosso regime, vem basicamente do dinheiro que o governo injeta direta ou indiretamente. E quando o governo gasta mais do que arrecada, o resultado é simples: mais dívida e inflação - um resultado que agrada muito aos banqueiros, que amigavelmente retribuem com belas doações durante as campanhas eleitorais. E volto a colocar a pergunta ainda sem resposta: existe aposentadoria pública integral em algum país sério do planeta?
HERMÍNIO SILVA JÚNIOR
hsilvajr@terra.com.br
São Paulo
Esclarecimento
Sobre a carta Greve dos professores (20/6), a Secretaria de Estado da Educação informa que acaba de anunciar reajuste aos professores da rede. O aumento chega a 12,2% no salário-base, com incorporação de gratificação e aumento de 5%, beneficiando também todos os cerca de 120 mil aposentados do Quadro do Magistério. Sobre o Decreto 53.037, é importante ressaltar que tem como principal objetivo regular o excesso de transferências de professores. Só neste ano 51 mil dos 130 mil efetivos mudaram de escola, o que muito prejudica os alunos. De maneira nenhuma a secretaria tem criado ações paliativas. A pasta tem investido em projetos fundamentais para a melhoria de qualidade de aprendizagem. Nova proposta curricular, programa de alfabetização, reformulação de avaliação, recuperação intensiva, materiais para professores e alunos, índice de qualidade para cada escola, valorização de professores, infra-estrutura, enfim, um conjunto de projetos foi desencadeado para melhorar a aprendizagem. O leitor se equivoca em relação à prova que a secretaria realizará para definição de atribuição de aulas, juntamente com o tempo de serviço na rede e títulos. Será classificatória.
DANILO VICENTE, coordenador de Comunicação da secretaria
analucia.venerando@edunet.sp.gov.br
São Paulo
De vento em popa
Enquanto o PSDB se esfarela, Marta Suplicy vai de vento em popa, principalmente se fechar com o bloquinho de esquerda no Congresso (Grupo de Kassab registra chapa anti-Alckmin dentro do PSDB e Marta festeja ‘complicação’ de adversários, 18/6, A4).
ADHERBAL RAMON GONZÁLEZ
gonzalezadherbal@ig.com.br
Santa Cruz das Palmeiras
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