"Nos nossos dias, já ninguém duvida de que a história do mundo deve ser reescrita de tempos a tempos. Esta necessidade não decorre, contudo, da descoberta de numerosos fatos até então desconhecidos, mas do nascimento de opiniões novas, do fato de que o companheiro do tempo que corre para a foz chega a pontos de vista de onde pode deitar um olhar novo sobre o passado..."(Adam Schaf)
Prezado LEON,
SOBRE O LIVRO, HEBREUS,HISTÓRIA DE UM POVO
Primeiramente, quero dizer do prazer pessoal e estético proporcionado pelo nosso encontro casual na Avenida Paulista. Conversar com você é sempre um aprendizado e a certeza de uma inteligência não apenas a serviço da cultura jurídica, mas também de um pensamento voltado para uma visão humanista.
Agradeço, também, o presente, que me proporcionou um verdadeiro prazer da leitura.
“Hebreus – história de um povo” não se trata de um obra infanto-juvenil, eu a reputo literatura para todas as idades.
A exemplo de “O pequeno príncipe”, de Saint-Exupéry - cuja linguagem prima pela singeleza sem cair na pieguice nem perder a densidade dos temas que trata -“Hebreus – história de um povo” é um convite a conhecer a nossa própria gênese, invocando os princípios cristãos que nortearam desde sempre a humanidade e que hoje encontram-se baldos na consciência das nações, na prioridade dos chefes de Estado e no coração dos homens.
Com uma narrativa sutil, diáfana, refratária a qualquer pedantismo acadêmico ou intelectualóide, permeada de sutilezas estilísticas e poéticas, você mergulha nos primórdios da nossa existência e faz um convite à reflexão, demonstrando que somos um único povo e que credos, origens, ideologias e idiossincrasias políticas e religiosas não podem nem devem servir de obstáculo para a convivência harmônica entre os povos.
Dirigindo-se às crianças, cujo coração está aberto e compreensão e imune aos vícios dos sistemas políticos, sociais e econômicos, você lança em solo fértil a semente da fraternidade e do ideal de um mundos em fronteiras, preparando essa futura geração para ver o mundo com os olhos do sentir.