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Cartas-->Carta a Adriano: sobre a bolha lulana -- 19/08/2008 - 17:26 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Adriano,

O erro dos militares foi não ter entregado a presidência a um civil depois do governo Médici, quando o Brasil crescia a taxas acima de 10% ao ano e havia desbaratado o terrorismo no Brasil.

A dívida externa do Brasil, já comprovada por muitos historiadores estrangeiros de renome, não foi desviada para corrupção, como ocorreu em muitos países latino-americanos e africanos, mas para obras de infra-estrutura que colocaram o Brasil, de 46ª posição, para 8ª economia do planeta, tirando dezenas de milhões de pessoas da miséria. Há uma lista enorme dessas obras, como Itaipu, Embratel, Banco Central (onde Lula guarda, hoje, os dólares cada vez mais desvalorizados...).

Durante os primeiros anos do governo Lula, o crescimento econômico do Brasil foi pífio, somente acima do Haiti, nas Américas - uma vergonha que somente os petistas sentem orgulho em recordar! Quando, em 2007, o Brasil começou a crescer um pouco, baseado principalmente no financiamento bancário de produtos e serviços, os petistas começaram a repetir um monte de inverdades, como se esse crescimento fosse sustentável por longo tempo, a exemplo do dragão chinês. Bastaram os alimentos aumentar um pouco e lá se foi a bolha lulana pro beleléu, a inflação voltou e o Banco Central começou a aumentar os juros.

A única coisa boa que Lula fez foi viajar pelo mundo e não mudar nada na economia, conservando mais ou menos a política de seu antecessor, FHC. Isso deu certa estabilidade e, com a crescente exportação de commodities, o Brasil conseguiu obter sucessivos superávits, o que levou ao aumento das reservas do Banco Central.

No entanto, com a desvalorização do dólar, a situação está se invertendo, estamos importando mais do que exportando. Com o aumento desse déficit, logo, logo, a dinheirama enterrada no BC vai ter que ser retirada para pagar contas externas.

Tudo o que ocorreu de bom durante o governo Lula se deve à estabilização da moeda, a partir do Plano Real, e dos investimentos tecnológicos feitos nas indústrias e no campo, com louvor para a Embrapa. Portanto, tudo o que Lula hoje colhe deitado, foi plantado de pé ontem com muito sacrifício e empenho por todos os brasileiros.

Lula está deixando passar uma excelente oportunidade de colocar o Brasil definitivamente no próspero mundo globalizado, com crescimento continuado, pois deixou de fazer o dever de casa:

1) diminuição da burocracia brasileira, que afugenta investidores estrangeiros e "segura" os empresários nacionais;

2) diminuição da máquina administrativa (deveria fundir ministérios, não dobrar o número deles, que serviram, principalmente, para empregar a companheirada que havia perdido eleição, como Olívio Dutra);

3) investimento na infra-estrutura do País, como a reforma das estradas, portos e aeroportos; etc. etc. etc., além da Educação, Saúde e Segurança, hoje prestando à comunidade serviços em níveis africanos.

Devido à falta dessa visão estratégica, Lula deixou de colocar seu nome na História como um dos maiores governantes do Brasil. Muito barulho por nada. A bolha lulana durou apenas um ano...

Att,

F. Maier

***

Comentários

(a respeito de meu texto "Carta ao presidente Lula, aquele que fugiu do Mobral", postada no site Usina das Palavras, dia 9/5/2008, endereço http://www.usinadaspalavras.com/ler.php?txt_id=61909):


Adriano Andrade - adriano.iesb@gmail.com 18/08 18:32

Excelente, Félix Maier!! "Saída pela direita"... mas vamos lá. Todos sabem quais foram as contribuições que os militares deixaram para o Brasil, mas infelizmente os marcos históricos normalmente são os pontos negativos da humanidade, como guerras e afins. No Brasil o que ficou impresso na mente coletiva sobre a passagem dos militares pelo golpe foi o uso da força para fazer impor uma ideologia totalitarista, e daí todos as torturas, assassinatos e tudo o mais que todos sabem. É isso o que fica, Sr. Maier, apesar de todas as contribuições militares para o avanço econômico do país. Mas tudo tem um preço, e o preço de tudo o que vocês fizeram foi o afundamento da economia brasileira no endividamento externo. Mas como já disse, é nato ao ser humando lembrar-se das passagens infelizes dos governantes, como o senhor também o faz (menos com os seus colegas, claro!). Mas apesar dos pontos negativos do governo Lula, só pra citar, nunca na história do país os cofres do Banco Central estiveram tão recheados de dólares. O Brasil encerrou janeiro/2008 com dinheiro suficiente para pagar TODA a dívida externa, de US$ 197,7 bilhões, e ainda ficar com sobras de US$ 4 bilhões. Desde que tomou o primeiro empréstimo para financiar sua independência, em 1822, o país é visto por credores externos como um devedor contumaz. Agora, no papel de credor, Lula — um ex-defensor do calote na dívida externa — espera que as agências de classificação de risco promovam logo o Brasil à condição de "investment grade". Esse selo de qualidade, além de atrair mais investimentos estrangeiros, colocaria o país numa posição privilegiada neste momento de crise internacional. Então, Sr. Félix, se é para sermos racionais e contarmos vantagem, olhemos o bem comum, o interesse de todos que remam no mesmo barco, sem fanatismos ideológicos, completamente incompatíveis com esta virada de século.



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