MORTALIDADE INFANTIL: ASSUNTO PROIBIDO NOS DISCURSOS PETISTAS
Entre alguns assuntos que a camarilha petista evita debater, os vergonhosos índices de mortalidade infantil encontrados no Brasil seguramente está em primeiro lugar. Fica difícil para quem usa e abusa dos instrumentos do poder para passar a imagem de enorme preocupação com os pobres, aceitar como verdade o fato de que o Brasil é um país em que alguns bolsões de pobreza apresentam índices de mortalidade infantil compatível com as piores do mundo. Na verdade, a mortalidade de crianças até um ano de vida no Brasil, segundo dados do encontrados no relatório sobre a Situação da População Mundial 2008 divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), é algo que beira a um genocídio frio e calculista. Comparando-se com países da América Latina, o Brasil, com 23 crianças morrendo antes de completar um ano de idade, só consegue resultados melhores do que a Bolívia, com 45 mortes por mil, e o Paraguai, com 32, e leva uma "lavagem" do Chile, que apresenta uma média de 7 mortes para cada mil crianças nascidas vivas. Se considerarmos que a média do Brasil é de 23 crianças mortas em cada mil, e que nos grandes centros, a exemplo de São Paulo, esse índice fica em torno de 10, torna-se óbvio que existem regiões brasileiras, tal como o sertão nordestino, onde a população está submetida a condições ainda mais degradantes do que as encontradas na Bolívia e no Paraguai.