Dei voltas sobre mim mesmo, viagem introspectiva, escafandro íntimo, garimpo de memórias amealhadas durante os incontáveis momentos de solidão, poeira de saudades esgarçadas pelas idas e vindas constantes.
Encontrei retalhos de sonhos imperfeitos, mágoas arraigadas nos dias de antanho, sofrimentos engastados naqueles longíquos páramos de tristeza, incertezas nascidas da inconstância dos relacionamentos.
Mas, existe um anteparo mãgico a forrar-me diariamente: a fé e o amor da companheira. Porque já percorremos juntos um longuíssimo itinerário,uma fatia de tempo maior que os outros tempos de onde me aparecem as coisas e os acontecimentos acima mencionados.
Então, já nada pode ser debitado naquela conta antiga, paga e recibada pelos dias de alegria e realização que agora vivencio.