No meu entender, o Governo Brasileiro se meteu em grossa enrascada ao homiziar o deposto presidente de Honduras.
Alega que apenas o abrigou diante de um pedido, mas é difícil acreditar que não tenha havido uma ação orquestrada para adentrá-lo naquele país e desencadear tumultos populares, numa aberta e abusiva intervenção na sua situação política, animado por incontestáveis laços políticos esquerdistas, em aberto conluio com Hugo Chavez.
A afirmativa do presidente de que a embaixada apenas protege Zelaya, deposto pelos golpistas, me parece um tanto afoita, pois foi ele afastado por determinação da Suprema Corte, por sua insistência em desrespeitar a Constituição hondurenha, e substituído apenas provisoriamente por quem de direito, até que em breve sejam realizadas eleições. Não se trata, portanto, de um golpe de estado para implantação de uma ditadura, como querem dar a acreditar, mas um ato legítimo, amparado nas leis daquele país, que devem ser respeitadas.
Pedro Paulo Rocha
Eng./Mestre/Econ/Prof aposentado
Curitiba - PR