A produção-eleitoreira-oportunista de “Lula, o filho do Brasil” (título pretensioso), dirigida por Fábio Barreto - aproveita o momento passante de euforia do povo. Mas como, normalmente, só se levam às telas de cinema, as grandes tragédias nacionais – assalto a ônibus, atuação de traficantes e bandidos - há coerência, embora não pese para seus fanáticos-eleitores. Fábio Barreto corre, entretanto, o mesmo risco do conceituado escritor Fernando Sabido ao pretender se aproveitar da projeção de Zélia Cardoso de Mello com sua biografia desastrosa em momento nada oportuno – também poderá cair no ostracismo diante de história tão demagógica, manipulada e fabricada. Como dizia o crítico de cinema do antigo jornal “Correio da Manhã”, Moniz Viana – “não vi e não gostei”.
João Roberto Gullino
Petrópolis, RJ
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