Não apenas te escrevo... Quero também dar-te a mão em cuja palma embala-se a POESIA a resvalar carícias que procuram um ninho onde possam repousar. Sempre que morre um pássaro, um raio de sol ofusca-se no firmamento e o canto das águas emudece nas fontes, pois em suas asas refulgia o sol na sua preguiça matinal... e o riacho borbulhava na atração do canto sonoro que fazia vibrar toda a relva, até as mais tímidas flores do fundo da gruta solitária e triste que se revigoravam no seu canto... É aqui, poeta, que nossa poesia se faz em comunhão... Porque, cúmplices da BELEZA dos campos em seus delineantes matizes, buscamos nas palavras o SENTIDO mais sublime que sensibiliza almas e corações abertos ao amor, nossa temática essencial. Desta forma, estreita-se a nossa identidade. Condutores de sonhos, alimentamos a fantasia daqueles que, mesmo acordados, captam os delírios de nossa inspiração e intensificam-lhe o brilho criativo. Efeito de uma grande causa. Por isso, vagueia nosso pensamento, sempre em sintonia com os que creem que no etéreo mundo da imaginação voamos com as borboletas e nos banhamos numa sutil gota do orvalho da madrugada... É aqui que o nosso SER se une na contemplação do BELO e se embala docemente no OCEANO DA POESIA...