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Cartas-->Homenagens ao General Santa Rosa -- 15/03/2010 - 14:07 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
GENERAL SANTA ROSA

Caro Ir Lucas Galdeano,

Suas palavras devem ter eco em todos os rincões do nosso Brasil.

Sabemos que estejamos num momento difícil em Brasília, em função das atitudes de um de nossos Ir que ameaçaram as paredes dos nossos Templos.
E que agora, estão querendo calar as Legiões.
Não podemos nem devemos aceitar que um grupo forte e coeso, como o dos militares, quer sejam da ativa ou da reserva, que sempre estudaram e
acompanharam os momentos nacionais, seja obrigado por força de normasantigas, que têm o seu valor, mas que estão sendo usadas como
justificativas para obrigar esse mesmo grupo a se omitir.

Assim tem sido dito ao longo de mais de 25 anos, e, silenciosamente e ordeiramente temos aceito.
Temos nossos princípios básicos de hierarquia e disciplina, mas não queiram ou não ousem nos deixar cegos, surdos e mudos.

Sabem muito bem nossos comandantes que a tropa deve ouvir os mesmos, mas no caso de silêncio, a iniciativa é uma das características que
fez o EB ocupar seu lugar no País.

Lamento também a atual interpretação, de que se pelo mesnos um militar vier a falar, todos os demais devem se omitir.

Se somos chefes, temos a obrigação de refletir e agir.

Ao longo dos meus 36 anos de ativa, assim o fiz. Não é agora, que devo me calar.

A penalização por emitirmos nossa opinião será sempre melhor do que a culpa da nossa consciência pela omissão.

Ainda lamento o fato de nossa omissão como Instituição pelos destinos de parte da Amazônia, no caso das demarcações de terras indígenas.
Um absurdo temos que ouvir calados quando das decisões do Supremo Tribunal Federal, que alguns dos magistrados afirmaram conhecer a realidade de Roraima, por terem simplesmente feito passeios de avião durante meia jornada.

Se temos a verdade ao nosso lado, não podemos temer.

Cabe aos atuais dirigentes do País aceitarem as nossas afirmações e darem respostas.

Respostas como essas, de me transferirem prematuramente do comando da Brigada Lobo D´Almada ou de exonerarem antecipadamente o Gen Santa Rosa, como mais de 40 anos de excepcionais serviços prestados, não podem ser ouvidas, lidas ou sentidas sem podermos externar nossos sentimentos.

Mesmo assim, nos mantemos equilibrados em nome dos destinos do Brasil e da democracia.
Mas, não ousem usar esses atitudes como suficientes para que fiquemos calados.
Somos disciplinados, mas não somos medrosos ou subservientes.

Não temos o hábito de esconder nada em nossas roupas, nem de dizermos ou cometermos erros e depois nos justificarmos de que não sabíamos ou
não lembrávamos.

Não somos diferentes, somos brasileiros que queremos e sonhamos com um Brasil grande e respeitado.

Que os próximos capítulos dessa novela nos mostrem a verdade.

Gen Santa Rosa, aceite mais uma vez minha respeitosa continência.

Gen Bda R/1 Eliéser Girão Monteiro Filho
Roraima-Brasil

***

HOMENAGEM AO GENERAL SANTA ROSA

“A farda não abafa, no peito do soldado, o cidadão".
Marechal Osório, Senador do Império e Patrono da Arma de Cavalaria.

O General-de-Exército Maynard Marques de SANTA ROSA foi punido com exoneração do cargo de Chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Comando do
Exército, por haver criticado o Programa Nacional dos Direitos Humanos, aprovado por decreto do Presidente da República — que, segundo suas próprias declarações, assinou sem ler.

O momento merece reflexões. A maioria dos militares da ativa se cala, aceitando pacificamente as teses enfaticamente divulgadas pela propaganda oficial de que “o poder militar deve estar subordinado ao poder civil” e que
o militar não pode se pronunciar em assuntos políticos.

O art. 5º da Constituição Federal declara que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”:

“IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”;

...

“VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei”;

...

“IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

Não há ressalvas aos incisos apresentados e, portanto, o General não poderia ser punido por haver declarado, por exemplo, que a Comissão da
Verdade corria o risco de torna-se uma “Comissão da Calúnia” porque é constituída pelos "mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o seqüestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para alcançar o poder".

Não basta concordar com o General. É preciso discutir os motivos de sua punição e questionar se os militares não têm os mesmos direitos dos demais cidadãos e, nesse caso, passam a sr “cidadãos de segunda classe”, o que seria uma aberração. Isso fere os preceitos constitucionais e alguns dos Princípios Básicos da MAÇONARIA, por nós grifados no próprio caput do citado artigo: liberdade e igualdade.

Outra aberração é a “subordinação dos militares aos civis”, da forma como está sendo interpretada. Os militares devem ser subordinados às leis e aos poderes constituídos, como qualquer outro cidadão. E assim estão. E assim aceitam. Não “subordinados aos civis”, pressupondo que os militares não devem ser instituídos como autoridade pública, em cargos de natureza política.

Nossas homenagens públicas ao General SANTA ROSA e a todos os militares que não aceitam a condição de “cidadãos de segunda classe”.

Lucas Francisco Galdeano

Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente do Distrito Federal



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