Sobre o artigo “Legalizar é necessário”, da juíza Maria L. Karam, me lembrou a velha história do comandante que cobrou do sargento a salva de tiros à entrada do governador na unidade, o qual apresentou três justificativas que, diante da primeira, de que não havia munição, as demais tornaram-se irrelevantes. Assim é a liberação das drogas – quem vai fiscalizar se no Brasil não existem fiscais para nada mas, na maioria das vezes, achacadores? E se pretendem, com tal liberação, acabar com os traficantes estarão totalmente equivocados pois, a cada vez, serão criadas novas drogas como foi agora o craque, além de continuarem atuando com preços mais convidativos. Tudo tem que funcionar como uma engrenagem partindo da alavanca mestra e esta alavanca chama-se seriedade. E a seriedade é composta de honestidade e competência, o que não existe no país – o que existem são especuladores polivalentes que entendem de tudo mas não resolvem nada. E o povo que se cuide pois, se tal ocorrer, todo delito será relevado pelo meliante estar drogado.